sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

SYNAPISMOS e SINAPISMOS


Não me assiste o direito de repetir “Je suis …” porque “je suis ce que je suis!” e dizer outra coisa seria deixar de ser o que sou!

Parece que todos os que alinharam no “je suis … “ se passaram para o “je fus …”! Ou seja, mais depressa se apanha um “je fus …” que um coxo!

O conjunto dos “je suis …” era de facto heterogéneo! Tinha os que “je suis … maintenant …”; os “je suis … demain …”; os “je suis … dores-en-avant”; os “je suis … pas”; os “je suis … trompé!”; os “je suis … jamais!”; etc.! São um pagode!

No dia seguinte estavam todos a negociar as formas mais discretas de fazer o seu comércio!

E ao que vim: o senhor Mario Draghi disparou, finalmente, a sua bazuca!

Coisa enorme exigindo rever o formato dos textos para acompanhar a extensa enunciação do QE (a modos de um QI com dinheiro lá dentro, sem inteligência de espanto) em algarismos … árabes (calcule-se aonde chega a sabujice).

Pois aqui já há divergências quanto à enunciação do “Je suis … Mario!” !

É que há os que queriam mais, os que queriam menos, os que nada queriam, os que queriam que ele mantivesse a bazuca sossegada, os que admitiam que ele usasse de instrumentos menos aguerridos (por exemplo: uma fotocopiadora ou uma impressora 3D)! Mas o Mario (o “super Mario”) não esteve com meias-tintas, mandou calar a Merkel (após a sigilosa negociação, presume-se), e disparou a bazucada!

Vai daí, há os que pensavam no fim da estagnação, da deflação ou da espiral da coisa vigente; os que pensavam diversamente, que finalmente havia túnel ao fim da luz (ou coisa quejanda); os que anteviam que era um comboio desagulhado (passe lá o neologismo, s.f.f.); e demais e variadíssima arrazoação sobre a bazuca do Mario! Afinal … foi esguicho disperso! - Não houve “helicopter money” sobre o pessoal – e ainda bem, pois isso seria um atropelo à dignidade dos Povos e ainda haveria pessoal esmagado e já nos chega a gripe do tamiflu marado! - E parece que não dará para todos e será um despejo sobre pessoas seleccionadas, como, aliás, convém entre gente-bem!

Vamos lá a ver se nos entendemos: enquanto não se portarem como queremos (que é como quem diz: não levam nada!) ficam a aguardar a clarificação do espólio. Àqueles que já se portam como mandam as regras – ou andam lá por perto, que nisto não convém um rigor milimétrico (por exemplo: a França! Coitados, até já sabem dizer “je suis … français!” sem hesitações) – vão ser alvo de parte do QE da bazuca do senhor Mario!

Do tal esguicho pífio que decidiu estar de acordo com as regras do BCE e que não ofende os princípios do direito constitucional da germânia – ou seja: um esguicho inclusivo (que todavia exclui, por obediência ao direito greco-romano, todos os Povos civilizados da EUROPA, a uns mais do que outros, até ver, os tais que dantes chamavam à germânia a terra dos bárbaros, e que agora têm sido sucessivamente designados por PIGS, PERIFÉRICOS e demais nomes feios que os nortistas entendem por desprezíveis) – haverá repartição do dito QE mariano. Ora, de acordo com as notícias fresquíssimas sobre o assunto – e ainda sem o comentário oportuno e esclarecido do sr. gomes ferreira que costuma perorar sobre estes assunto pertinentes com a sua pose de Espírito Santo com óculos na ponta do nariz o que lhe confere um ar sério e advertido com due diligence sobre a temática controvertida – há filhos e enteados na repartição daquela enormidade (aparente, aparente, que há que relativizar a dimensão numérica da carreirinha de algarismos). Assim, a Grécia vai ter o seu grexit – que é assim um modo de mandar à merda os gregos se apostarem no SYRIZA (que é um sinapismo acronomeado) – sem apelo nem agravo e que se lixe a parte a parte de crescimento dos PEC em voga ou da cooperação tratadista vigente; Portugal vai ver contabilizado a débito na sua quota-parte do euromilhões tudo o que deve e não deve para ver se tem juízo lá mais para diante; quanto a Espanha, Itália e Irlanda, são parcas, hoje, as linhas dadas à leitura corrente neste assunto, mas espera-se que vão ter uns “prémios de consolação” que as manterá no seu cantinho de desespero! A fatia maior caberá sempre aos que costumam ganhar os campeonatos e não estão na periferia!

Ou seja: vamos continuar com a “filosofiamerkeliana, embora embotada com princípios marianos, de forma que tudo se mantenha, nada mude com a aparência de tudo se ter feito para manter todos no mesmo club.

É a realpolitik no seu melhor!

E passemos adiante, que há que reforçar medidas de segurança e de castigo! Ou seja, previstas que estão as rebeldias por via das medidas a assumir; ensaiadas (teoria da conspiração!) as acções de terror; há que dotar o sistema de trancas suficientemente resilientes (sim: resilientes, pois trata-se de encenação!) que levem à desistência de acções de resistência às medidas impostas em Davos pelos senhores do mundo!

Digamos: há que manter as quintas-feiras de mercado de trabalho em funcionamento!

Isto de 1% deter mais de 50% das riquezas do globo tem de acabar! Há demasiada gente rica! Onde já se viu? 1%!

E é por estas e por outras que eu não vou ao engano no “je suis …”!

Foi vê-los! Estavam lá todos!

E … “Je ne suis pas … là”! “Je ne suis pas hypocrite”!

“Et pourtant … m’emmerde tous ces QE et mesures similaires!”

Faz falta POLÍTICA em tudo isto! Andamos a encher o bandulho da banca e da economia financeira – sempre os mesmos – com sangue, suor e lágrimas dos Povos!

(A propósito: o junker ainda mexe? O aldrabão fiscal ao estilo das sachs e demais afiliadas da corrupção financeira mundial! Mandámos para lá um Arnaud-zito e deu bronca?! Não são todos de encomenda? Teve azar, não?!)

Que ganhe o SYRIZA! Basta de chantagens!

“Eu sou Português!” E estou a ver-me grego!