sexta-feira, 24 de abril de 2015

SECOS E MOLHADOS

Conquanto já nada nos espante ...

Onde se esperava que a POLÍTICA condicionasse a economia (?) e não o contrário, pede o PS a um grupo de economistas o roteiro da sua orientação para as próximas legislativas!

Sempre admiti que deveria ser o contrário: definem-se os objectivos ´POLÍTICOS e deles e para eles se equacionam as medidas de economia a desenvolver.

Mas num mundo do avesso, o PS escorregou e foi no "desafio" do PSD/CDS (que se devem estar a rebolar de riso!) e para não passar por ignaro, junta as mais reputadas cabeças pensantes da economia para um brain-storming (é mesmo: um trovejar de´sinapses!) e "encomenda-lhes" a obra-prima da mercearia, depois do que decidirá se opta por secos ou por molhados!

Lindo! Encantador!

Não se viu uma linha a dizer o que se entende por bem-estar social num ESTADO SOCIAL e DEMOCRÁTICO! Maravilha!

Claro que os senhores desta ciência oculta que dá pela graça de economia poderiam ter feito idêntico trabalho para o PSD para o CDS ou para qualquer outro "cliente" - assim a modos de "albarda-se o burro conforme o dono"!

Mas os coxos são apanhados mais depressa do que um cego, diz o brocardo antigo! E vai daí, sai-se o Francisco Louçã com contas feitas e honestidade intelectual acutilante e diz-lhes o que se deixa referenciado no endereço seguinte - e mais outras opiniões aí expressas interessantes, conquanto me prenda mais à do referido Francisco Louçã:

http://www.publico.pt/politica/noticia/cortes-na-tsu-propostos-pelo-ps-e-governo-nao-ajudam-a-economia-avisa-louca-1693194

Então será, em conclusão: o p'ograma do PSD/CDS e o p'ograma dos economistas ajuramentados pelo PS são irmãos siameses no espírito conquanto pareçam divergir na retórica! No fundo, quem paga são sempre os mesmos com as gravíssimas consequências que se podem tirar como ilação - algumas e fundamentais ali evidenciadas -; destroi-se o que levou décadas a construir, derrui-se a sustentabilidade da segurança social, nada se propõe de concreto para que sejam salvaguardados os rendimentos dos velhos aposentados, postergam-se soluções para apoio dos que estão em idade activa e poderão ter necessidade da Segurança Social; adia-se a resolução FUNDACIONAL da sustentabilbidade do sistema; não se toca senão nos rendimentos do trabalho; "passa-se a mão pelo lombo" dos donos das empresas - que se não forem parvos perceberão o engodo! - ; não se toca no fulcro da questão que é saber COMO CRIAR RIQUEZA para o País de forma sustentada; propõe-se medidas feridas de inconstitucionalidade (aqui dá vontade de rir, a sério!); e quanto às PESSOAS/CIDADÃOS nada se refere!

Pedi um pouco de atenção para uma análise POLÍTICA em nota anterior, pois é de POLÍTICA que devíamos estar a tratar; e sai um estudo de "economês" que, se for feito para outro "cliente", virá com outro "embrulho - pois esta profissão tem disto: sem baias POLÍTICAS, tanto serve a Deus como ao Diabo! (É como nas compras: "-É para oferecer? Quer talão para troca?") Por isso lhe chamam "ciência social" pois não se baseia na certeza matemática nem no empirismo científico. Assentam, as suas conclusões, em "cenários" - como dizem!

Caberia aos POLÍTICOS afirmarem os objectivos a atingir, como OPÇÃO POLÍTICA; e, em decorrência, vamos lá equacionar os meios e os tempos e os processos para a sua consecução! Mas não! Tudo ao contrário!

Palavra que o coelho e o portas devem estar rebolando de riso com a lourinha de estado e das finanças a ruborescer de gozo! Oh! Oh! Oh!

Costa, amigo! Arrepia! Arrepia enquanto é tempo!

Arranja lá um grupo de sérios e honestos políticos, não avassalados senão ao ESTADO SOCIAL E DE DIREITO DEMOCRÁTICO e põe em equação a POLÍTICA! É nisso que vamos votar!

Esta de os trabalhadores ficarem agradecidos agora pela TSU baixinha! Só para ignorantes! Isto é um roubo descarado à Segurança Social!!

Onde ir buscar o financiamento? Esse é o problema que exige rupturas e coragem POLÍTICA! Como não sou CONSELHEIRO (nem Acácio, já agora!) nada mais avanço! Mas há que ESTUDAR! POLÍTICA! Não se trata de mais PDM ou menos PDM! Trata-se de PESSOAS! De GENTE NOVA e de GENTE VELHA e de MEIA-IDADE e de TODAS as IDADES!

Ser POLÍTICO EXIGE CLAREZA! Exige HONESTIDADE INTELECTUAL e nâo  estrangeirinhas, eufemismos, vassalagem!

APOSTILA 1:  a EDP - a energética (há cada neologismo!) do mexia - vai distribuir centenas de milhões ... e está com uma dívida de milhares de milhões! Claro que foram os Chineses que pagaram a compra de capital! Os Portugueses não criaram nem contribuíram em nada, em décadas, para os activos do negócio, n'é?! E a factura do contadorzinho cresce, cresce, cresce!
- Desculpem, estava a falar de POLÍTICA e deu-me uma branca!

Pois vejam lá o que diz Louçã! Não se esqueçam de não misturar opções políticas (esquerda, direita, extrema de qualquer lado ou do centro!) com uma leitura cuidada e atenta da prosa referida! Mais claro?! Só detergindo o próprio Costa!

APOSTILA 2:  Claro que nada nos move contra o senhor Costa! Mas contra muita entourage do mesmo responsável (como se diria em linguagem de jornal) já não diríamos tanto! Há por ali muito "aparelho" à espera de "encosto"!

APOSTILA 3:  Para não esquecer: façam lá o estudo POLÍTICO! POR FAVOR! E NÃO "BATAM MAIS" nas mesmas teclas, que nós, pelo menos os VELHOS, agradecemos, em nome próprio e por conta própria, e em nome dos Filhos e dos Netos por nossa conta! É um favor que lhes pedimos!

APOSTILA 4:  Iria algum mal ao Mundo se fechassem a Bolsa? Ou se tributassem as transacções bolsistas e destinassem os seus réditos ao sistema previdencial?!

APOSTILA 5:  Essa de tributar as heranças ... só lembraria ao diabo! Então um capital familiar que já pagou todos os impostos que permitiram a sua consolidação e que parte dele continua a ser tributado (IMI, v.g.), e depois de se ter deixado de tributar por uma questão de JUSTIÇA ... volta-se à baila com o assunto! Isto é: ao Estado não basta tributar os vivos enquanto vivos e ainda pretende subtrair-lhes o património na hora da morte pondo-se na fila de herdeiros e com prioridade?! É demais! Como se a maior parte dos herdeiros não estivesse já a ter de se anichar no património paterno por via das INDECENTES tributações que o Estado pratica e que não deixa a uns gozar a velhice em sossego merecido; e a outros a juventude por falta de rendimentos! Rendimentos que, no limite, não existem sequer para pagar o pretendido tributo ... com a consequência de terem de passar a dormir na rua! O Costa está mesmo a precisar de detergir-se em ideias!

APOSTILA 6:  Hoje deu-me a prosa para as apostilas! Mas que querem?! Quando se chega ao ponto em que estamos ... nada mais haverá senão apostilar, delicadamente, esta gajada toda! E com o 25A à porta - amanhã! - mais ganas me dão de os mandar idear para  ...


EMENDEM-SE, por favor! A gente fica por aqui mais agradecidos! Ainda faltam cinco-meses-cinco, e há tempo para fazer um p'ograma de jeito! Não se esqueçam das contas do Francisco Louçã! É que ele não tem um excel avariado! As outras doze-cabeças-doze precisam de um curso de POLÍTICA! Estamos fartos de economistas! (exemplar tipo gaspar e seus "descendentes" que vão ter o mesmo colinho de recepção!)

APOSTILA 7 : O título é uma piada! É que parecem mesmo apostados na repetição da cena .. agora na "arena" da "politiquice"!
Vamos ver de que lado estarão daqui por cinco meses aqueles que terão de "botar o voto"!






terça-feira, 21 de abril de 2015

Homo sum, humani nihil a me alienum puto



Os aspectos fulcrais de um Estado de Direito Democrático e SOCIAL que devem ser tidos em conta para um bem-estar colectivo podem ser representados no seguinte “grafo”.
 



Qualquer dos seus nós representa um estado transitório (sem a hipótese de ressurreição, pois aí a acção social pertencerá a outra entidade!) que deve ser contemplado por qualquer que seja a organização do Estado – na premissa da DEMOCRACIA e da sua fundamentação em principais éticos, morais, humanísticos. E qualquer destes estados deve merecer a melhor atenção das políticas de base a promover por um qualquer GOVERNO do Estado.

Assim, deve pôr-se em causa, em interrogação, em foco, toda e qualquer proposta avançada por um qualquer agrupamento político que se proponha ser GOVERNO. Sem uma resposta cabal a qualquer destes estados, há que pôr de lado o PROGRAMA de “Governo” posto à consideração dos demais concidadãos – ou emendá-lo com honestidade.

Para todo este ciclo devem estar previstos os programas e medidas necessárias à sustentação do bem-estar colectivo; sem o qual haverá rupturas graves quer de estabilidade pessoal quer de estabilidade colectiva.

Pelo que se não compreende que sejam avançadas propostas sem esta sustentação para que, no mínimo, tenham a aparência de sérias!

Isto dito, não poderá haver políticas nacionais ou internacionais que derroguem qualquer das premissas que leve à consecução deste estado de bem-estar. E não estamos a falar de um qualquer estado colectivo etéreo e contemplativo, imperando a preguiça e o nada fazer! Estamos a pensar na participação de todos, na medida das suas possibilidades, para a consecução desse objectivo. Ninguém poderá ser posto de lado em nenhuma dos estados em que se encontre – mesmo no estado de “morte”: aqui, a sua recordação deverá permanecer indelével, exemplo de uma vida conseguida e vivida com dignidade humana!

Assim, a cada estado do grafo deverão estar associadas políticas que a ele confiram a envolvente de bem-estar; e estas políticas devem estar suportadas por meios necessários ao seu permanente desenvolvimento e correcção em função de objectivos que devem presidir ao estado em causa – em termos de dignidade humana.

Alguns dos estados deverão ser tidos como transitórios; mas isto não significa a sua indignidade e devem ser tão curtos quanto possível e ser objecto de uma protecção especial – estamos a pensar no desemprego e na doença; a transição para outros deverá ser objecto de uma protecção especial em função da sua envolvente familiar – estamos a pensar no falecimento em que a família deverá ser objecto do apoio social adequado ao bem-estar que fruía.

A passagem ao desemprego deve ser também envolvida em condições especiais que reconduzam à reversão integral da situação de emprego, quiçá acrescido de maior qualificação, se foi a sua falta a causa do estado.

Todas as condições necessárias ao suporte adequado e correcto e humano e digno de cada um dos estados devem estar equacionadas e devidamente sujeitas a mensuração dos meios necessários ao seu suporte (orçamento de estado para todos os estados).

Seria estultícia trazer à colação a análise SWOT de cada um dos estados?! (em português corrente: estudo das forças – strengths (S) -, das fraquezas – weaknesses (W) -, das oportunidades – opportunities (O) -, e das ameaças – threats (T) -, ao bem-estar em cada estado)?! Seria um ponto-de-partida para evitar medidas dispersas, avulsas, inconsequentes!

A equação dos meios para a consecução do bem-estar de cada estado deverá ser correctamente estabelecida, visando orçar custos e definir a forma de lhes dar suporte.

Tudo isto feito, estaríamos em condições de dizer qual das propostas de políticas é a mais honesta, transparente, digna apresentada a votação; e não um conjunto de “bocas” soltas sem solidez e respaldo!

Preside esta equação – ou sistema de equações – o objectivo de dotar  o País de políticas sérias, fundadas no HOMEM e para o HOMEM, com a finalidade de criar um espaço onde seja DIGNO viver-se.

Não podemos continuar a definir “políticas” em função do deve-haver de caixa, à merceeiro (sem deslustre para os profissionais de secos e molhados)!

Em torno de políticas sérias e fundadas na natureza e esperanças do HOMEM/CIDADÃO – num ESTADO SOCIAL E DE DIREITO DEMOCRÁTICO – é que devemos discutir as opções de tendências para cada um dos estados equacionados seriamente!

Parece-nos, contudo, que se for o HOMEM o CENTRO das POLÍTICAS, poucos desvios deverá haver relativamente a propostas nele focadas.

Tem havido demasiadas distracções “filosóficas” nas “políticas” desenvolvidas! Chegámos aonde estamos pelos desvios do foco das acções, de tal forma que hoje, segundo se propala, apenas 1% da população mundial detém 99% do rendimento económico mundial! Isto significa que a maior parte da HUMANIDADE está e permanecerá num dos estados na situação mais deprimente e de indignidade humana … antes do estado de morte!

É demais!

Senhores POLÍTICOS, vamos falar de DIGNIDADE HUMANA e não de quezílias “paroquiais” (com todo o respeito pelos paroquianos e pelos párocos)!

Chegámos ao ponto de ver morrer centenas de pessoas por dia à procura do bem-estar e da DIGNIDADE HUMANA!
 
Porquê?!


"Homo sum, humani nihil a me alienum puto"

deverá ser o lema e o tema de todas as propostas sérias!

Estamos fartos de imberbes, impreparados, gagos de circunvoluções cerebrais, disléxicos e de ... APOLÍTICOS!


Apostila: tem havido por aí uns gajinhos, digamos assim, que se dizem políticos ... mas é de arranjinhos! E outros que se ofendem por os apodarem de políticos ... digamos que com razão, pois de POLÍITICA não têm sombra de ideia!