terça-feira, 21 de abril de 2015

Homo sum, humani nihil a me alienum puto



Os aspectos fulcrais de um Estado de Direito Democrático e SOCIAL que devem ser tidos em conta para um bem-estar colectivo podem ser representados no seguinte “grafo”.
 



Qualquer dos seus nós representa um estado transitório (sem a hipótese de ressurreição, pois aí a acção social pertencerá a outra entidade!) que deve ser contemplado por qualquer que seja a organização do Estado – na premissa da DEMOCRACIA e da sua fundamentação em principais éticos, morais, humanísticos. E qualquer destes estados deve merecer a melhor atenção das políticas de base a promover por um qualquer GOVERNO do Estado.

Assim, deve pôr-se em causa, em interrogação, em foco, toda e qualquer proposta avançada por um qualquer agrupamento político que se proponha ser GOVERNO. Sem uma resposta cabal a qualquer destes estados, há que pôr de lado o PROGRAMA de “Governo” posto à consideração dos demais concidadãos – ou emendá-lo com honestidade.

Para todo este ciclo devem estar previstos os programas e medidas necessárias à sustentação do bem-estar colectivo; sem o qual haverá rupturas graves quer de estabilidade pessoal quer de estabilidade colectiva.

Pelo que se não compreende que sejam avançadas propostas sem esta sustentação para que, no mínimo, tenham a aparência de sérias!

Isto dito, não poderá haver políticas nacionais ou internacionais que derroguem qualquer das premissas que leve à consecução deste estado de bem-estar. E não estamos a falar de um qualquer estado colectivo etéreo e contemplativo, imperando a preguiça e o nada fazer! Estamos a pensar na participação de todos, na medida das suas possibilidades, para a consecução desse objectivo. Ninguém poderá ser posto de lado em nenhuma dos estados em que se encontre – mesmo no estado de “morte”: aqui, a sua recordação deverá permanecer indelével, exemplo de uma vida conseguida e vivida com dignidade humana!

Assim, a cada estado do grafo deverão estar associadas políticas que a ele confiram a envolvente de bem-estar; e estas políticas devem estar suportadas por meios necessários ao seu permanente desenvolvimento e correcção em função de objectivos que devem presidir ao estado em causa – em termos de dignidade humana.

Alguns dos estados deverão ser tidos como transitórios; mas isto não significa a sua indignidade e devem ser tão curtos quanto possível e ser objecto de uma protecção especial – estamos a pensar no desemprego e na doença; a transição para outros deverá ser objecto de uma protecção especial em função da sua envolvente familiar – estamos a pensar no falecimento em que a família deverá ser objecto do apoio social adequado ao bem-estar que fruía.

A passagem ao desemprego deve ser também envolvida em condições especiais que reconduzam à reversão integral da situação de emprego, quiçá acrescido de maior qualificação, se foi a sua falta a causa do estado.

Todas as condições necessárias ao suporte adequado e correcto e humano e digno de cada um dos estados devem estar equacionadas e devidamente sujeitas a mensuração dos meios necessários ao seu suporte (orçamento de estado para todos os estados).

Seria estultícia trazer à colação a análise SWOT de cada um dos estados?! (em português corrente: estudo das forças – strengths (S) -, das fraquezas – weaknesses (W) -, das oportunidades – opportunities (O) -, e das ameaças – threats (T) -, ao bem-estar em cada estado)?! Seria um ponto-de-partida para evitar medidas dispersas, avulsas, inconsequentes!

A equação dos meios para a consecução do bem-estar de cada estado deverá ser correctamente estabelecida, visando orçar custos e definir a forma de lhes dar suporte.

Tudo isto feito, estaríamos em condições de dizer qual das propostas de políticas é a mais honesta, transparente, digna apresentada a votação; e não um conjunto de “bocas” soltas sem solidez e respaldo!

Preside esta equação – ou sistema de equações – o objectivo de dotar  o País de políticas sérias, fundadas no HOMEM e para o HOMEM, com a finalidade de criar um espaço onde seja DIGNO viver-se.

Não podemos continuar a definir “políticas” em função do deve-haver de caixa, à merceeiro (sem deslustre para os profissionais de secos e molhados)!

Em torno de políticas sérias e fundadas na natureza e esperanças do HOMEM/CIDADÃO – num ESTADO SOCIAL E DE DIREITO DEMOCRÁTICO – é que devemos discutir as opções de tendências para cada um dos estados equacionados seriamente!

Parece-nos, contudo, que se for o HOMEM o CENTRO das POLÍTICAS, poucos desvios deverá haver relativamente a propostas nele focadas.

Tem havido demasiadas distracções “filosóficas” nas “políticas” desenvolvidas! Chegámos aonde estamos pelos desvios do foco das acções, de tal forma que hoje, segundo se propala, apenas 1% da população mundial detém 99% do rendimento económico mundial! Isto significa que a maior parte da HUMANIDADE está e permanecerá num dos estados na situação mais deprimente e de indignidade humana … antes do estado de morte!

É demais!

Senhores POLÍTICOS, vamos falar de DIGNIDADE HUMANA e não de quezílias “paroquiais” (com todo o respeito pelos paroquianos e pelos párocos)!

Chegámos ao ponto de ver morrer centenas de pessoas por dia à procura do bem-estar e da DIGNIDADE HUMANA!
 
Porquê?!


"Homo sum, humani nihil a me alienum puto"

deverá ser o lema e o tema de todas as propostas sérias!

Estamos fartos de imberbes, impreparados, gagos de circunvoluções cerebrais, disléxicos e de ... APOLÍTICOS!


Apostila: tem havido por aí uns gajinhos, digamos assim, que se dizem políticos ... mas é de arranjinhos! E outros que se ofendem por os apodarem de políticos ... digamos que com razão, pois de POLÍITICA não têm sombra de ideia!



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