sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE MOURÃO


Ex.mos Senhores Deputados



Saúde!



Sobre o assunto em epígrafe, permito-me chamar a atenção para o caso.


Não se trata de FMI nem de pequenas nem médias empresas. Trata-se de uma Corporação de Bombeiros Voluntários – daqueles HOMENS que nos dedicam a VIDA e TEMPOS de DESCANSO sem reclamar, como deveis estar informados – que se vê obrigada a “fechar a porta” por dívidas do Estado (SNS).

Se se tratasse de Lisboa…mais corporação, menos corporação, sempre se arranjava uma vicariânciazita nalguma outra corporação dentro da Cidade. Mas não! Estamos a 198 Km de Lisboa; cerca de 60 Km de Évora, não servidos por auto-estradas (SCUT ou não), na margem esquerda do Guadiana, com uma população envelhecida – que já nem Médico residente tem – e que, a menos que os focos da nossa Assembleia da República questionem o que deve ser questionado, alto e bom som…será mais uma oportunidade ganha para a desertificação da zona raiana.


Não cremos que a intenção seja fazer regredir o País cerca de 800 anos e que se encomendem as “alminhas” alentejanas a Villa Nueva del Fresno (não sei se ficaríamos melhor servidos).


- Já se vai comprar tudo lá (desde a batata à gasolina). Não haveria mal (digo eu) em se ir “mercar” saúde a territórios extremenhos! Mais um problema de saúde pública, por enquanto do corpo, pois poderá degenerar em saúde da alma, saúde de patriotismo, para quem tão abandonado anda! –



A Corporação já despediu motoristas, tem os veículos parados, vai começar a fazer contas de deve-e-haver para fechar a porta, e lá voltaremos a carro de muares (se ainda os houvesse) para procurar saúde noutras bandas! Se houver um incêndio (arrenego) volta-se aos tempos de “correr o sino”, ajuntar-se o pessoal na Praça, distribuir pás e forquilhas, baldes e cântaros, e desatar a correr (os que puderem) para acudir aos que necessitam! Pensava ter visto afastado da minha vida este quadro…mas parece que os organismos “centrais” têm prioridades que se não compadecem com problemas de interior raiano (não dá votos, são mil e poucos eleitores).



Quando se puser uma faixa de “España” no quilómetro limítrofe do Concelho, com arraial para as TV do Mundo (Espanha incluída) talvez nos dêem “novas oportunidades”!?



Será que os Senhores Deputados acham que estes problemas “comezinhos” de Província, ainda por cima do “deserto Linei “, têm importância para tratamento parlamentar? Se acharem, muito vos agradeço; se não entenderem assim…peço desculpa pelo tempo tomado.



Nota 1: Não será preciso chamar a Senhora Ministra da Saúde ao Parlamento para se explicar com as dívidas do SNS a estas corporações (não confundireis com “corporations”) de bem-fazer, para quem a vida e o bem-estar dos semelhantes estão acima de interesses pessoais e egoístas, pois cremos que a Senhora Ministra não terá explicações a dar como também não teve para com esta Corporação.



Nota 2: Vinha no noticiário da TV ontem à noite.



Nota 3: Se vierem a decorrer prejuízos para a vida e bens dos conterrâneos, apreciaríamos indicação de endereço daquele Ministério para reclamar (mas que tenha eco, pois até agora, pelos vistos, o eco foi-se)



Nota 4: Está a pensar-se fazer um túnel aqui no plaino, mas com luz ao fundo! Depois mandamos convite aos “responsáveis”!


Dizem-nos que essa é a luz do Céu! Mas devem ser alucinações de quem já anda entabulando diálogos por mor de uma boa vida eterna – digo eu! A menos que o nosso Primeiro tenha chegado lá antes com uma “e-lanterna” e esteja numa das suas e-fosquices costumeiras (Deus o livre de brincar nestas alturas, que maldito fosse para todo o sempre!) a brincar com o e-Mexia a produzir e-alternativas! Mas pirilampos ainda se arranjam por cá! (Escusam os Senhores de incomodar os Ministérios e as REN e EDP, valha-nos Deus, muito obrigado! Mas…a fundação da EDPei deveria contribuir para esta corporação, pois aqui há muito sol – quando nã chovi, bem entendido – e o Sol é renovável, quero eu dizer, somos accionistas naturais e não devíamos estar nesta miséria! É uma questão de patentes sobre os produtos da região, acho eu. Havia o Senhor de Mexia de ver o que faria mai-la sua senhora renovável se nã fosse o Alentejo a produzir-lhe o Sol que eles exploram, latifundiários energéticos…! Mas quem teve a culpa foi o cardeal do PS! Foi ele que começou com isto das renováveis, assim a modos que à sucapa! Hoje iberdollar-se!). Mas estávamos nos Bombeiros e difluí para o Sol, a modos que distraído, por causa dos incêndios…incêndios, bombeiros; bombeiros, ambulâncias; ambulâncias, SNS: era aqui que estava).



Nota 5: Posso arranjar um assunto com mais “cacha”, mas hoje, peço desculpa, dada a urgência, não vos quero ver dispersos. O foco é Mourão, Bombeiros Voluntários, falência, dívidas do Estado, desertificação, patriotismo - até temos em Mourão uma Rua General Humberto Delgado, que não era da terra mas foi morto aqui ao lado, e para constar, bumba, prantou-se-lhe o nome nesta Rua, que até tem café, loja de artesanato – a das bilhas do gás fechou, porque o IVA em Villa Nueva del Fresno (coincidências) é mais baixo e traz-se mais gás por menos preço, e enche-se o depósito de gasolina a preço mais modicozinho (a “bomba” de gasolina daqui fechou com o IVA e o ISP sem taxas positivamente discriminadoras na raia, não é?!)…e a Vila qualquer dia fecha também, que pelo custo da vida sai mais barato ir para Espanha! Agora até andam uns Senhores em Lisboa a pensar acabar com os Concelhos do interior, pois isto, para eles, é um deserto para ver se conseguem vender estes Km2 a Espanha (parece que é por via da dívida soprana, ou lá o que é que eles inventam!) com menos custos de estrutura (acho que é assim que eles dizem, vá lá saber-se). Mas a gente depois conversa com muita calma sobre isto, não vão os Senhores pensar que me esqueci dos Bombêros!)



Com os meus cumprimentos a Vossas Excelências, reiterando o pedido de desculpas pelo atrevimento e por alguma palavrinha mais “desabrida” (mas a crise toca a todos), que não quero ser deseducado, pois ainda tenho princípios (coisas do berço, desusadas, mas sou um pouco avesso a modernices).


Post scriptum: Pediste para difundir, dar uma achega, uma mãozinha, qualquer coisa que me ocorresse...aqui ficou prantada. Não tendo dinheiro para pagar aos Bombeiros Voluntários de Mourão - dito de outra forma: já "lá" o pus, por via dos impostos, essa é que é essa! e agora não querem dar-lho!! - mas fica aqui um apelo à consciência: Endossaste à nossa Deputação! Eles que façam o que podem, pois para isso vai-se lá pôr o voto! E espero, muito sinceramente, que o imbróglio se resolva a contento da nossa Corporação! Desculpa lá se fui inconveniente! Mas não sou biqueiro nem gosto de mangações! Pão-pão, queijo-queijo! A Deputação compreende!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Os "bugs" Pereira
ou
os vírus do governo no século XXI

Esta história das eleições presidenciais (foi a que veio à baila, por razões de calendário; podia tratar-se de eleições para as autárquicas...e aqui ficava tudo apeado, como sói dizer-se) tem dado "pano para mangas" e "restos para cerzir" (digo eu!). Fazem-se até comparações com o "estrangeiro" (nos USA já se viu a trapalhada Bush/Al Gore).
O que se faz lá fora não significa que esteja certo. O problema é confundir-se um referencial de um sistema com o referencial de outro, pensado com objectivos diferentes e subordinado a "decisores" e suas razões que nada têm a ver com o acto... eleitoral!
O Código Postal é...isso mesmo e nada mais!
O que precisamos é de um sistema que receba as mudanças de circunscrição eleitoral (se for relevante) informadas pelos eleitores sempre que alterem as suas residências e estas acarretem alteração naquelas.
Tão grave será a falta de "limpeza" dos ditos cadernos eleitorais de todos os cidadãos falecidos, ausentes, etc....mas isso é "cacha" jornalística para quando este arruído das presidenciais "acalmar"! Vai uma "aposta"?!
Para os trabalhos previstos os senhores ministros terão de contar com a Administração Pública e com os seus Técnicos de Sistemas de Informação (não são "web designers"...entendido?) - e esqueçam lá os "consultorzinhos" e os "outsourcings" oportunistas (e a "urgência" da "resolução" do problema para justificar mais uma adjudicaçãozinha a uma "corporate" qualquer coisa ou uma "inox" qualquer, com rótulo pomposo "adquirido" na véspera na "empresa na hora").
Não sabia o País - ficou agora a saber-se - que a base de dados do sistema de identificação civil não tem as moradas dos cidadãos "estruturadas" (Paulo Machado dixit e jornalistas divulgaram) e foi responsável pela impossibilidade de se actualizarem 4 MILHÕES de registos no sistema eleitoral inviabilizando a identificação de actualizações de moradas de outros tantos cidadãos!
Mas quem vai buscar dados a um sistema sem prèviamente se certificar da sua qualidade? O País contribuinte gostaria de saber qual a empresazinha "na hora" que fez este servicinho de impedir/destruir a informação actualizada de 4 MILHÕES de eleitores? Não há aqui responsabilidadezinhas a apurar?
(Nota: que saiba, o sistema informático de identificação vem dos primórdios da Informática neste País. É uma questão de saber História. Ao ser usado 40 anos depois fora do seu contexto natural há que aplicar cautelas, muitas cautelas, ou não se sabe isso?! É a basezinha das coisas! Se calhar ainda vão culpar os dirigentes da altura por não terem moradas "estruturadas" num sistema dos anos 70 do século passado, altura em que um "bytezinho" era contado para eficiência dos sistemas. Já esquecemos as ameaças do "bug" do ano 2000! Pois é?! Não estava cá nem lhe contaram?!)
...e já agora: detectados os "bugs" responsáveis seria bom eliminá-los, evitando corrupção maior do sistema.
Dada a natureza das evidências, parece que o problema destas eleições se pode caracterizar, usando a terminologia informática, como um "DoS" - "Denial of service" que segundo a "nossa" Wikipédia se pode caracterizar:
           "A denial-of-service attack (DoS attack) or distributed
            denial-of-service attack (DDoS attack) is an attempt
            to make a computer resource unavailable to its intended users"
coisa que um "anti vírus" dificilmente preverá! e... remédio??
Dir-se-ia que estamos confrontados com 2-PEREIRAS-2 que não se enxergam e insistem num "DoS".
Será que não há uma "fire wall" capaz de nos proteger deles!
Há outras "achegas" possíveis, mais tecnológicas. Mas comece-se pelas mais exequíveis a curtíssimo prazo - de natureza política (em 1958, perguntava-se: "-Se for eleito, que Lhe faz?" sendo a resposta, hoje quase brocardo: "-Òbviamente, demito-O!"):
"Òbviamente, demitam-se!"
- Até parece estarmos a ler umas aventuras do Tin-Tin! Estes Pereiras mais parecem o Dupond e Dupont! Falta-nos um Haddock, bêbedo de clarividência! Nunca pensei que a ficção desse "nisto"...e tão cá em "casa"! E depois queixam-se dos juros e...cala-te boca! -

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011



ANÁLISE SUCINTA DOS RESULTADOS DAS
ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2011

Como pode ver-se no quadro que segue (ampliar, p.f.) - e como dizia no outro dia (notas abaixo) - de facto ir votar em branco nada altera face a não ir votar, pois segundo a nossa Lei Eleitoral apenas contam os "votos vàlidamente expressos"; por outras palavras, quem for votar e entregar um voto em branco apenas andou a perder tempo e definiu-se como "aderente" do sistema que lhe liga o que se vê.

Há-de reparar-se que se os votos em branco ou nulos valessem, isto é, fossem tidos como uma expressão da vontade do eleitor, o candidato Cavaco Silva não teria a maioria dos votos dos eleitores (presenciais), exigindo-se uma segunda volta.

Considerar-se-á o facto de se ter eleito um Presidente por 53,14% dos votos vàlidamente expressos, ou seja, 53,14% de 4.157.543 eleitores que foram votar não branco e não nulo; o que representa 23,15% dos cidadãos eleitores.

É pouco, muito pouco para se ser Presidente de todos os portugueses!

Mas é a Lei Eleitoral que temos - aliada aos políticos que deixamos que andem por aí em promessas e alianças cavilosas - que nos leva a concluir que se elegeu um Presidente com menos de 1/4 da população com capacidade eleitoral.

Estes resultados dão que pensar!

Bem disse que os "politólogos" terão de reflectir sobre o sistema eleitoral; havendo que "renovar" todos os rostos que se "passeiam" pela política.

Todos os que por aí vão passando ou já mentiram - polìticamente, entenda-se - ou fazem propostas "esquizóides", não olham para os cidadãos, entretidos com os umbigos, pejados de fatuidade.

Esperemos que os políticos se "entretenham" na "leitura" dos factos e não em conciliábulos para "perceber" quem transferiu votos para quem, que culpas teve o Soares nas perdas da dita esquerda; que culpas teve o Defensor na perda de votos do Nobre; que "fatia" era "nossa" e se "transferiu", etc., etc. .

Os números dizem apenas quem ganhou e quem perdeu! Há que saber por que razão os que não foram não foram - são 5.111.701 cidadãos, mais do que os que se apresentaram ao acto nas secções de voto (4.431.849); porque aqueles também compareceram, só que de forma diferente, dizendo "Não! Basta!" - isto a fazer fé nos Cadernos Eleitorais, pois não hão-de ser só os falecidos que não se pronunciaram presencialmente!

Desta vez, a vítima foi o cidadão Cavaco Silva! Da próxima (?) quem será vítima? O Povo Cidadão está farto de "esquemas" e "engodos", pois o sistema apenas tem servido para transferir soberania e não lhe permite avocá-la quando necessário! Fomos todos "capturados" por esta "Democracia" - concebida com veleidades de engenharia social e política de forma a que o Cidadão deixe de fazer parte activa do sistema...ainda que imperceptìvelmente!

(Repare-s que a breve "ameaça" de reduzir o número de elementos da deputação já começa a ter os opositores de serviço: os que andam a servir-se e não permitem que se lhes toque no número. Já se percebeu por que razão?! Havemos de lá chegar um dia destes)

Desculpem a maçada...mas tinha que demonstrar a reflexão de forma empírica.

Note-se que dei os números do Tribunal Constitucional como base! A graça é que há outros números oficiais discrepantes! Vá-se lá saber quais os correctos! Admiti que do Ratton havia de sair o resultado oficial e com os dele me servi! Até haver um novo inquérito à Administração Interna ou...sabe-se lá a quem quer que tenha a culpa das discrepantes numerações! Se calhar somos nós que não estávamos em casa quando se fez o Censo! Vão ver que foram os que se abstiveram que têm culpas nas diferenças "oficiais"! Ou quem sabe, os chineses que emprestaram ábacos manhosos, digo eu, pois com a aquisição da dívida não haviam de emprestar os mais novinhos e fiáveis, não viessem a ser oferecidos à Venezuela, como e-ábacozinhos de Mao!



Resultados numéricos das Eleições Presidenciais com base nos elementos do Tribunal Constitucional




 Q.E.D.