sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Os "bugs" Pereira
ou
os vírus do governo no século XXI

Esta história das eleições presidenciais (foi a que veio à baila, por razões de calendário; podia tratar-se de eleições para as autárquicas...e aqui ficava tudo apeado, como sói dizer-se) tem dado "pano para mangas" e "restos para cerzir" (digo eu!). Fazem-se até comparações com o "estrangeiro" (nos USA já se viu a trapalhada Bush/Al Gore).
O que se faz lá fora não significa que esteja certo. O problema é confundir-se um referencial de um sistema com o referencial de outro, pensado com objectivos diferentes e subordinado a "decisores" e suas razões que nada têm a ver com o acto... eleitoral!
O Código Postal é...isso mesmo e nada mais!
O que precisamos é de um sistema que receba as mudanças de circunscrição eleitoral (se for relevante) informadas pelos eleitores sempre que alterem as suas residências e estas acarretem alteração naquelas.
Tão grave será a falta de "limpeza" dos ditos cadernos eleitorais de todos os cidadãos falecidos, ausentes, etc....mas isso é "cacha" jornalística para quando este arruído das presidenciais "acalmar"! Vai uma "aposta"?!
Para os trabalhos previstos os senhores ministros terão de contar com a Administração Pública e com os seus Técnicos de Sistemas de Informação (não são "web designers"...entendido?) - e esqueçam lá os "consultorzinhos" e os "outsourcings" oportunistas (e a "urgência" da "resolução" do problema para justificar mais uma adjudicaçãozinha a uma "corporate" qualquer coisa ou uma "inox" qualquer, com rótulo pomposo "adquirido" na véspera na "empresa na hora").
Não sabia o País - ficou agora a saber-se - que a base de dados do sistema de identificação civil não tem as moradas dos cidadãos "estruturadas" (Paulo Machado dixit e jornalistas divulgaram) e foi responsável pela impossibilidade de se actualizarem 4 MILHÕES de registos no sistema eleitoral inviabilizando a identificação de actualizações de moradas de outros tantos cidadãos!
Mas quem vai buscar dados a um sistema sem prèviamente se certificar da sua qualidade? O País contribuinte gostaria de saber qual a empresazinha "na hora" que fez este servicinho de impedir/destruir a informação actualizada de 4 MILHÕES de eleitores? Não há aqui responsabilidadezinhas a apurar?
(Nota: que saiba, o sistema informático de identificação vem dos primórdios da Informática neste País. É uma questão de saber História. Ao ser usado 40 anos depois fora do seu contexto natural há que aplicar cautelas, muitas cautelas, ou não se sabe isso?! É a basezinha das coisas! Se calhar ainda vão culpar os dirigentes da altura por não terem moradas "estruturadas" num sistema dos anos 70 do século passado, altura em que um "bytezinho" era contado para eficiência dos sistemas. Já esquecemos as ameaças do "bug" do ano 2000! Pois é?! Não estava cá nem lhe contaram?!)
...e já agora: detectados os "bugs" responsáveis seria bom eliminá-los, evitando corrupção maior do sistema.
Dada a natureza das evidências, parece que o problema destas eleições se pode caracterizar, usando a terminologia informática, como um "DoS" - "Denial of service" que segundo a "nossa" Wikipédia se pode caracterizar:
           "A denial-of-service attack (DoS attack) or distributed
            denial-of-service attack (DDoS attack) is an attempt
            to make a computer resource unavailable to its intended users"
coisa que um "anti vírus" dificilmente preverá! e... remédio??
Dir-se-ia que estamos confrontados com 2-PEREIRAS-2 que não se enxergam e insistem num "DoS".
Será que não há uma "fire wall" capaz de nos proteger deles!
Há outras "achegas" possíveis, mais tecnológicas. Mas comece-se pelas mais exequíveis a curtíssimo prazo - de natureza política (em 1958, perguntava-se: "-Se for eleito, que Lhe faz?" sendo a resposta, hoje quase brocardo: "-Òbviamente, demito-O!"):
"Òbviamente, demitam-se!"
- Até parece estarmos a ler umas aventuras do Tin-Tin! Estes Pereiras mais parecem o Dupond e Dupont! Falta-nos um Haddock, bêbedo de clarividência! Nunca pensei que a ficção desse "nisto"...e tão cá em "casa"! E depois queixam-se dos juros e...cala-te boca! -

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