OUTRA VEZ AS PENSÕES
DE REFORMA DOS TRABALHADORES DO ESTADO
…e pequenas outras
demagogias
Onde o autor prevê
que a refundação do Estado do nosso primeiro e do seu gaspar branquinho passa
pelas prebendas de uns lugarzinhos na europa unida dos privilegiados servidores
do dinheiro usufruindo das regalias a que só alguns acedem muito secretamente
seleccionados pelas evidentes competências demonstradas empìricamente no
exercício de funções de esbulho dos cidadãos à luz do dia e à sombra de
comportamentos pacíficos do melhor povo do mundo acobertado por um documento a
que costumavam chamar Constituição e nos termos do qual ex-governantes podem
mandar levar no cú qualquer almoxarife que se lhes apresente no exercício de presumidas
competências funcionais indiscutidas e promulgadas a coberto de mais um dos
documentos que ostentam o título de decreto da república e que se funda – este
sim – em idêntico alicerce ao do uso de isqueiro nos tempos da outra senhora
que só debaixo de telha podia usar-se sem a correspondente factura demonstrativa
de direito de detenção porte e uso e porque assim o induz da leitura que vai
fazendo das imagens transmitidas nos meios ditos de comunicação que é assim uma
coisa estranha que só tem um sentido de transmissão pelo que mais parece um
canal simplex prescindindo do
contraditório e em que sem indignidade dos referidos nem das suas qualidades e
demérito de suas pessoas e partes próprias nos leixam na ideia que a verdade do
que se afirma acresce à transparência do acto com que se informa ainda não se
ter começado a partir a loiça toda que o bordalo não estava presente e seria
homem para adregar com a pergunta de a qual louça faz vossa mercê alusão para
poder mandar o esquisso para a paródia da inquebrada parte a que sua mercê alude
no início do seu razoado sobre a tangente que as previsões do gaspar, o branco,
costumam fazer aos dados do ine que é coisa digna de se observar mais até do
que os corpos celestiais que a rússia tem a sorte de receber com estrondo e
espanto depois da resignação de sua santidade ao sólio de pedro por causa das
cheganças de tropeço que a provecta idade lhe vem trazendo para não mencionar
no contexto o raio que atingiu o santo bolbo poucas horas depois desta e antes
daquele fenómeno norte-coreano ter rebentado com o território do povo
caucasiano ou lá o que ele é com o nome de 24D por que abada de água não
enxerguei que mais me sobrestou no que concerne ao espanto das secantes do
gaspar, o branco, ajudante do nosso primeiro, que tira umas conclusões
filhas-de-puta sobre a hipotenusa não estar a bater nos vértices mas que tem
sempre aquela forma de diria que está em linha com a conjectura astrológica do
mago almoxarife sem ofensa para a mercê de sua excelência que mais parece ter estudado
mitologia do que ciência decente mas que se recolherá ao silêncio dourado no
pós-ajustamento acompanhado de todas as honras costumeiras e louvores e honras da
pátria que é uso decorar o peito dos serventuários de primeira plana de
qualquer país emergente por terem retribuído à pátria a preparação que dizem
que esta lhes oferendou.
Cá indo dilatado o exórdio
se torna convinhável caboucar o texto por que se não apelide de aleivoso o
tratado da coisa como a ela se referiria o bernardiniano avalor.
Ende se tratará da aposentação.
Em tempos idos, dava-se aos
servidores d’El-Rei pela prestação de serviços à sua pessoa e ao Reino,
aposentadoria e, nalguns casos mais destacados, uns alqueires de cevada a
receber na mesa da alfândega ou lugar designado em alvará pergaminhado com
expressa imposição de obediência ao clausulado a todos os que por dever de
ofício o lessem e conhecessem.
É bom de ver que a cevada se não
destinava ao premiado servidor mas para sustentação de sua mula com a qual
acorreria à voz d’El-Rei.
Mais mealha menos mealha, a
chamada tença adjutória permitia suportar por trocos as despesas pessoais do
serventuário aposentado.
Mais uns anitos decorridos, a
mula morria, a cevada deixava de onerar a mesa da alfândega e o aposentado
ter-se-ia evolado na graça de deus para paraíso mais ajustado às necessidades
espirituais da alma dando o canastro à terra em primícias de reciclagem. Mas
isto eram tempos em que os homens se honravam e a honra era o princípio
fundador do estado das coisas sociais e políticas, sabidas de Montesquieu em tratado
de leis fundacionais.
Agora, que os reis se foram, a
cevada é escassa, as mulas deixaram de ser acavaladas e a honra se dissolveu em
desmandos e desditas, muito arrelvados os campos em que a política se espraia, os
servidores da pátria são vilipendiados e dá-se por óbolo aquilo que lhes é
devido por serviço quando pretendem apenas aposentar-se (repare-se que sem
cevada nem mula, apenas a mealha da tença que foram providenciando enquanto se
esforçavam ao serviço da grei).
Não bastante, ainda se comina com
descontos e taxas e alcavalas sobre taxas a sua hesitação diante de Caronte!
Pregoa-se pelas esquinas a
indignidade das tenças para que se tome por usurpação a sua amesendação justa.
Não se atende ao razoado da lei
que os defende e faz-se enxovalho dela com despejada ignomínia em afã prosélito
de nova ordenação do reino. Ora quem?! E mais se merca, a escusos opinadores jurisprudenciais, o parecer
assoldadado!
Chegou o tempo de tudo valer! Não
há alfoz para aonde se não estenda a ignara rapina do almoxarife a quem tudo
serve de rédito de tesouro não dando descanso à gleba na sua fúria devastadora
da terra…de onde fugirá, logo que ermado o espaço onde escoiceia a alarvidade
da sobranceira ciência de que chegou prenhe por enganos do povo com promessas
de vida nova em grei mais produtiva…tudo cerce sem vida para encher as burras
de meia-dúzia de próceres que o espedirão para corredores mais silenciosos
depois de terminada a extorsão! Onde as burras se escondem com o resultado da
razia!
É que não chega ao Estado ser de
Direito. O Estado tem de ser um Estado de Honra! É isso que se plasmou na
Constituição! (Óbvio: para quem saiba ler e não use de opiniatras
assoldadados!). E não são honrados – antes disso: despejados de honra! – estes que
nos governam! Não chega o que a lei manda e se exarou no alvará de aposentação
para confinar os actos deletérios destes coveiros da Pátria! Circunvala-se a
lei por ínvios caminhos em esperança de que os juízes do olimpo lhes dêem tempo
ou rezão para a malfeitoria!
Não abasta que se perceba que os
aposentados deram a sua vida de trabalho à grei? Que o que se lhes consignou em
tempo é deles e não mais do erário?! Que está à guarda do Estado por razão de
confiança e segurança?!
É preciso não ser dotado de estofo
moral para se apropriar dos bens alheios! Acresce o roubo ser feito aos que se
já não têm meios de defesa!
Ia-me por aí razoar contra estes
paridos do ágio…mas falece-me a vontade perante tanta desvergonha na condução
das gentes e da terra!
Diria mesmo, para
epílogo, em ciclo com o exórdio, que há putas com filhos mais honrados ou mesmo
elas! É que não se pode ser
ex-secretário da cultura e mandar dar no cú (com acento e no assento,
pressupostamente!) a tão promissores rebentos de uma europa sem rei nem roque!
E o mais que nos viesse bailando na verve para verter aqui, pois convém aos
bons costumes dizer apenas por sugestão aquilo que a moral não deixa que se
ponha em letra de forma (mesmo por via das coimas que podem estar a ser
ventiladas para vigorar cominando desvios de linguagem com dolorosas prestações
de mealha ou de dias de sol – não seria cousa de estranhar pois não é inédito
que o senhor mande lavrar mandado contra imaginária ofensa de que possa
sentir-se coagido a reagir tal como porco do monte no seu fojo).
É que a Honra não se
compra nem se vende: detém-se e exercita-se por actos honrados, e não por
cavilosas maquinações (passe a perissologia).
Não sei se o
propósito foi demonstrado ou apenas clarificada a natureza das coisas que se
prepararam com ouropel! Ficará o intuito p’ra memória de indignação! E para
outras mais pequenas coisas que têm na mesma madre o ventre de parir!
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