sábado, 16 de fevereiro de 2013


OUTRA VEZ AS PENSÕES DE REFORMA DOS TRABALHADORES DO ESTADO

…e pequenas outras demagogias

Onde o autor prevê que a refundação do Estado do nosso primeiro e do seu gaspar branquinho passa pelas prebendas de uns lugarzinhos na europa unida dos privilegiados servidores do dinheiro usufruindo das regalias a que só alguns acedem muito secretamente seleccionados pelas evidentes competências demonstradas empìricamente no exercício de funções de esbulho dos cidadãos à luz do dia e à sombra de comportamentos pacíficos do melhor povo do mundo acobertado por um documento a que costumavam chamar Constituição e nos termos do qual ex-governantes podem mandar levar no cú qualquer almoxarife que se lhes apresente no exercício de presumidas competências funcionais indiscutidas e promulgadas a coberto de mais um dos documentos que ostentam o título de decreto da república e que se funda – este sim – em idêntico alicerce ao do uso de isqueiro nos tempos da outra senhora que só debaixo de telha podia usar-se sem a correspondente factura demonstrativa de direito de detenção porte e uso e porque assim o induz da leitura que vai fazendo das imagens transmitidas nos meios ditos de comunicação que é assim uma coisa estranha que só tem um sentido de transmissão pelo que mais parece um canal simplex prescindindo do contraditório e em que sem indignidade dos referidos nem das suas qualidades e demérito de suas pessoas e partes próprias nos leixam na ideia que a verdade do que se afirma acresce à transparência do acto com que se informa ainda não se ter começado a partir a loiça toda que o bordalo não estava presente e seria homem para adregar com a pergunta de a qual louça faz vossa mercê alusão para poder mandar o esquisso para a paródia da inquebrada parte a que sua mercê alude no início do seu razoado sobre a tangente que as previsões do gaspar, o branco, costumam fazer aos dados do ine que é coisa digna de se observar mais até do que os corpos celestiais que a rússia tem a sorte de receber com estrondo e espanto depois da resignação de sua santidade ao sólio de pedro por causa das cheganças de tropeço que a provecta idade lhe vem trazendo para não mencionar no contexto o raio que atingiu o santo bolbo poucas horas depois desta e antes daquele fenómeno norte-coreano ter rebentado com o território do povo caucasiano ou lá o que ele é com o nome de 24D por que abada de água não enxerguei que mais me sobrestou no que concerne ao espanto das secantes do gaspar, o branco, ajudante do nosso primeiro, que tira umas conclusões filhas-de-puta sobre a hipotenusa não estar a bater nos vértices mas que tem sempre aquela forma de diria que está em linha com a conjectura astrológica do mago almoxarife sem ofensa para a mercê de sua excelência que mais parece ter estudado mitologia do que ciência decente mas que se recolherá ao silêncio dourado no pós-ajustamento acompanhado de todas as honras costumeiras e louvores e honras da pátria que é uso decorar o peito dos serventuários de primeira plana de qualquer país emergente por terem retribuído à pátria a preparação que dizem que esta lhes oferendou.

 

Cá indo dilatado o exórdio se torna convinhável caboucar o texto por que se não apelide de aleivoso o tratado da coisa como a ela se referiria o bernardiniano avalor.

 

Ende se tratará da aposentação.

Em tempos idos, dava-se aos servidores d’El-Rei pela prestação de serviços à sua pessoa e ao Reino, aposentadoria e, nalguns casos mais destacados, uns alqueires de cevada a receber na mesa da alfândega ou lugar designado em alvará pergaminhado com expressa imposição de obediência ao clausulado a todos os que por dever de ofício o lessem e conhecessem.

É bom de ver que a cevada se não destinava ao premiado servidor mas para sustentação de sua mula com a qual acorreria à voz d’El-Rei.

Mais mealha menos mealha, a chamada tença adjutória permitia suportar por trocos as despesas pessoais do serventuário aposentado.

Mais uns anitos decorridos, a mula morria, a cevada deixava de onerar a mesa da alfândega e o aposentado ter-se-ia evolado na graça de deus para paraíso mais ajustado às necessidades espirituais da alma dando o canastro à terra em primícias de reciclagem. Mas isto eram tempos em que os homens se honravam e a honra era o princípio fundador do estado das coisas sociais e políticas, sabidas de Montesquieu em tratado de leis fundacionais.

Agora, que os reis se foram, a cevada é escassa, as mulas deixaram de ser acavaladas e a honra se dissolveu em desmandos e desditas, muito arrelvados os campos em que a política se espraia, os servidores da pátria são vilipendiados e dá-se por óbolo aquilo que lhes é devido por serviço quando pretendem apenas aposentar-se (repare-se que sem cevada nem mula, apenas a mealha da tença que foram providenciando enquanto se esforçavam ao serviço da grei).

Não bastante, ainda se comina com descontos e taxas e alcavalas sobre taxas a sua hesitação diante de Caronte!

Pregoa-se pelas esquinas a indignidade das tenças para que se tome por usurpação a sua amesendação justa.

Não se atende ao razoado da lei que os defende e faz-se enxovalho dela com despejada ignomínia em afã prosélito de nova ordenação do reino. Ora quem?! E mais se merca, a  escusos opinadores jurisprudenciais, o parecer assoldadado!

Chegou o tempo de tudo valer! Não há alfoz para aonde se não estenda a ignara rapina do almoxarife a quem tudo serve de rédito de tesouro não dando descanso à gleba na sua fúria devastadora da terra…de onde fugirá, logo que ermado o espaço onde escoiceia a alarvidade da sobranceira ciência de que chegou prenhe por enganos do povo com promessas de vida nova em grei mais produtiva…tudo cerce sem vida para encher as burras de meia-dúzia de próceres que o espedirão para corredores mais silenciosos depois de terminada a extorsão! Onde as burras se escondem com o resultado da razia!

É que não chega ao Estado ser de Direito. O Estado tem de ser um Estado de Honra! É isso que se plasmou na Constituição! (Óbvio: para quem saiba ler e não use de opiniatras assoldadados!). E não são honrados – antes disso: despejados de honra! – estes que nos governam! Não chega o que a lei manda e se exarou no alvará de aposentação para confinar os actos deletérios destes coveiros da Pátria! Circunvala-se a lei por ínvios caminhos em esperança de que os juízes do olimpo lhes dêem tempo ou rezão para a malfeitoria!

Não abasta que se perceba que os aposentados deram a sua vida de trabalho à grei? Que o que se lhes consignou em tempo é deles e não mais do erário?! Que está à guarda do Estado por razão de confiança e segurança?!

É preciso não ser dotado de estofo moral para se apropriar dos bens alheios! Acresce o roubo ser feito aos que se já não têm meios de defesa!

Ia-me por aí razoar contra estes paridos do ágio…mas falece-me a vontade perante tanta desvergonha na condução das gentes e da terra!

Diria mesmo, para epílogo, em ciclo com o exórdio, que há putas com filhos mais honrados ou mesmo elas!  É que não se pode ser ex-secretário da cultura e mandar dar no cú (com acento e no assento, pressupostamente!) a tão promissores rebentos de uma europa sem rei nem roque! E o mais que nos viesse bailando na verve para verter aqui, pois convém aos bons costumes dizer apenas por sugestão aquilo que a moral não deixa que se ponha em letra de forma (mesmo por via das coimas que podem estar a ser ventiladas para vigorar cominando desvios de linguagem com dolorosas prestações de mealha ou de dias de sol – não seria cousa de estranhar pois não é inédito que o senhor mande lavrar mandado contra imaginária ofensa de que possa sentir-se coagido a reagir tal como porco do monte no seu fojo).

É que a Honra não se compra nem se vende: detém-se e exercita-se por actos honrados, e não por cavilosas maquinações (passe a perissologia).

Não sei se o propósito foi demonstrado ou apenas clarificada a natureza das coisas que se prepararam com ouropel! Ficará o intuito p’ra memória de indignação! E para outras mais pequenas coisas que têm na mesma madre o ventre de parir!

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