Não me assiste o direito de repetir “Je suis …” porque “je suis ce que je suis!” e dizer outra coisa seria deixar de ser o que sou!
Parece que todos os que alinharam no “je suis … “ se
passaram para o “je fus …”! Ou seja, mais depressa se apanha um “je fus …” que
um coxo!
O conjunto dos “je suis …” era de facto heterogéneo! Tinha
os que “je suis … maintenant …”; os “je suis … demain …”; os “je suis …
dores-en-avant”; os “je suis … pas”; os “je suis … trompé!”; os “je suis …
jamais!”; etc.! São um pagode!
No dia seguinte estavam todos a negociar as formas mais
discretas de fazer o seu comércio!
E ao que vim: o senhor Mario Draghi disparou, finalmente, a
sua bazuca!
Coisa enorme exigindo rever o formato dos textos para
acompanhar a extensa enunciação do QE (a modos de um QI com dinheiro lá dentro,
sem inteligência de espanto) em algarismos … árabes (calcule-se aonde chega a
sabujice).
Pois aqui já há divergências quanto à enunciação do “Je suis
… Mario!” !
É que há os que queriam mais, os que queriam menos, os que
nada queriam, os que queriam que ele mantivesse a bazuca sossegada, os que admitiam
que ele usasse de instrumentos menos aguerridos (por exemplo: uma fotocopiadora
ou uma impressora 3D)! Mas o Mario (o “super Mario”) não esteve com
meias-tintas, mandou calar a Merkel (após a sigilosa negociação, presume-se), e
disparou a bazucada!
Vai daí, há os que pensavam no fim da estagnação, da
deflação ou da espiral da coisa vigente; os que pensavam diversamente, que
finalmente havia túnel ao fim da luz (ou coisa quejanda); os que anteviam que
era um comboio desagulhado (passe lá
o neologismo, s.f.f.); e demais e variadíssima arrazoação sobre a bazuca do
Mario! Afinal … foi esguicho disperso! - Não houve “helicopter money” sobre o pessoal – e ainda bem, pois isso seria um
atropelo à dignidade dos Povos e ainda haveria pessoal esmagado e já nos chega
a gripe do tamiflu marado! - E parece
que não dará para todos e será um despejo sobre pessoas seleccionadas, como,
aliás, convém entre gente-bem!
Vamos lá a ver se nos entendemos: enquanto não se portarem como
queremos (que é como quem diz: não levam nada!) ficam a aguardar a clarificação
do espólio. Àqueles que já se portam como mandam as regras – ou andam lá por
perto, que nisto não convém um rigor milimétrico (por exemplo: a França!
Coitados, até já sabem dizer “je suis … français!” sem hesitações) – vão ser alvo
de parte do QE da bazuca do senhor Mario!
Do tal esguicho pífio que decidiu estar de acordo com as
regras do BCE e que não ofende os princípios do direito constitucional da
germânia – ou seja: um esguicho inclusivo
(que todavia exclui, por obediência ao direito greco-romano, todos os Povos
civilizados da EUROPA, a uns mais do que outros, até ver, os tais que dantes
chamavam à germânia a terra dos bárbaros, e que agora têm sido sucessivamente
designados por PIGS, PERIFÉRICOS e demais nomes feios que os nortistas entendem
por desprezíveis) – haverá repartição do dito QE mariano. Ora, de acordo com as
notícias fresquíssimas sobre o assunto – e ainda sem o comentário oportuno e
esclarecido do sr. gomes ferreira que costuma perorar sobre estes assunto
pertinentes com a sua pose de Espírito Santo com óculos na ponta do nariz o que
lhe confere um ar sério e advertido com due
diligence sobre a temática controvertida – há filhos e enteados na
repartição daquela enormidade (aparente, aparente, que há que relativizar a
dimensão numérica da carreirinha de algarismos). Assim, a Grécia vai ter o seu grexit
– que é assim um modo de mandar à merda os gregos se apostarem no SYRIZA (que é
um sinapismo acronomeado) – sem apelo
nem agravo e que se lixe a parte a parte de crescimento
dos PEC em voga ou da cooperação
tratadista vigente; Portugal vai ver contabilizado a débito na sua quota-parte
do euromilhões tudo o que deve e não deve para ver se tem juízo lá mais para
diante; quanto a Espanha, Itália e Irlanda, são parcas, hoje, as linhas dadas à
leitura corrente neste assunto, mas espera-se que vão ter uns “prémios de
consolação” que as manterá no seu cantinho de desespero! A fatia maior caberá
sempre aos que costumam ganhar os campeonatos e não estão na periferia!
Ou seja: vamos continuar com a “filosofia” merkeliana,
embora embotada com princípios marianos, de forma que tudo se mantenha, nada
mude com a aparência de tudo se ter feito para manter todos no mesmo club.
É a realpolitik no
seu melhor!
E passemos adiante, que há que reforçar medidas de segurança
e de castigo! Ou seja, previstas que estão as rebeldias por via das medidas a
assumir; ensaiadas (teoria da conspiração!) as acções de terror; há que dotar o
sistema de trancas suficientemente resilientes (sim: resilientes, pois trata-se
de encenação!) que levem à desistência de acções de resistência às medidas
impostas em Davos pelos senhores do
mundo!
Digamos: há que manter as quintas-feiras de mercado de
trabalho em funcionamento!
Isto de 1% deter mais de 50% das riquezas do globo tem de
acabar! Há demasiada gente rica! Onde já se viu? 1%!
E é por estas e por outras que eu não vou ao engano no “je
suis …”!
Foi vê-los! Estavam lá todos!
E … “Je ne suis pas … là”! “Je ne suis pas hypocrite”!
“Et
pourtant … m’emmerde tous ces QE et mesures similaires!”
Faz falta POLÍTICA em tudo isto! Andamos a encher o bandulho
da banca e da economia financeira – sempre os mesmos – com sangue, suor e
lágrimas dos Povos!
(A propósito: o junker ainda mexe? O aldrabão fiscal ao
estilo das sachs e demais afiliadas da corrupção financeira mundial! Mandámos
para lá um Arnaud-zito e deu bronca?! Não são todos de encomenda? Teve azar,
não?!)
Que ganhe o SYRIZA! Basta de chantagens!
“Eu sou Português!” E estou a ver-me grego!
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