sábado, 1 de dezembro de 2012

CARTA ABERTA - CALISTOS


Ex.mo Senhor(a) Deputado do Povo Português

 

Permito-me insistir na imagem, no exemplo e na actualidade.

Queiram Vossas Excelências admitir o arrazoado camiliano e a moral nele contida.

Sumàriamente: “não deve exigir-se o juramento quando pode temer-se o perjúrio”(in “A queda de um anjo” – convém ler- que me permiti enquadrar e “divulgar” aqui em http://da-praia-lusitana.blogspot.pt/2012/11/calistos.html).
O texto é de “ir às lágrimas”! Especialmente na caracterização da esposa do referido Morgado de Agra de Freimas, entendamos, sem falsos preconceitos, pois “estamos” no século XIX!

 
(Eu não perco estes autores! A Constituição parece ser menos respeitada – mormente por maus exemplos que vêm “de cima” – e pior redigida; mas, na altura, o analfabetismo era maior e a compreensão das coisas um pouco “causticada” por veia pessoal deste ou daquele delegado à Constituinte, não nos convidando a uma “leitura” tão aprazível quando comparada com a vida e a obediência que a ela se faz – há sempre um a dizer que o que se diz e escreveu não é bem assim, que há que atender a que…e tal-e-coisa, e ficamos na dúvida de quem é que lê legitimamente português ou quem é que parece ornear o fraseado fundamental! Agora, parece que, por causa destas coisas, vai passar novamente a ser pago o ensino, para ver se só aprendem a ler e a escrever as “élites”, evitando-se estes textos “confusos” sobre o Estado Social e direitos dos Cidadãos! Foi o que deu tanta igualdade! Nem todos somos da mesma igualha, como se diz por aqui!)

 
Aqueles  “epítomes” têm sempre a sua intemporalidade, conquanto os homens trabalhem no sentido de evitar as suas ocorrências.

 
Temos, para nós, que o “espectáculo” do grande final da aprovação do OE2013, com votos a favor da maioria (menos um!) seguidos da parafernália de declarações de votos grupais, “jurando” que, apesar de “obrigados” ao voto favorável – intuímos -, afinal o OE2013 é um instrumento de tortura escusável – na mediana interpretação da minha inteligência (e digo mediana e não média, pois há, nestes assuntos, conceitos diferentes, dependentes da óptica técnico-científica de cada um)- com alternativas, mal fundamentado, vesgamente escrevinhado, tortuoso nas justificações, com veros laivos de inconstitucionalidade (bem “pùblicamente” apresentados, máxime, no referente a pensionistas), factor de regressão económica, social e … fiscal! (lá está o tal representante da curva de laffer a encabeçar a lista dos “rebeldes”; bem como o exasperado chefe de fila Democrata-cristão – ou coisa parecida – dizendo as cobras e lagartos que “pode” dizer)!; dizia, temos para nós que foi “digno” de ser visto e ouvido este “grande final”!
 

Está já agendada a primeira revisão do OE2013 – ou uma sua premissa em vésperas de primícias resultantes de tanto afã pseudo-técnico (como se tem verificado de há dois OE a esta parte)?! Ou vamos entretendo, por agora, o “pagode” (a) da deputação com a refundação dita, hodiernamente, do Estado Social? “Golpes de Estado” constitucionais feitos “na secretaria”, às escondidas do Povo?! Há que fiscalizar estas abordagens!
 

Post scriptum: Há que ter em conta o “stress” em Belém, pois pode não haver tempo para pedir uma fiscalização preventiva de constitucionalidade e o Nosso Senhor Presidente ter um colapso, pois ele parece andar um pouco achacado depois das suas afirmações sobre o inusitado peso fiscal sobre o Povo que ele tem reafirmado representar e do que não pode haver dúvida face à Constituição que o Nosso Senhor Presidente também jurou - sem ter, talvez, lido o Camilo (ou, especificamente, esta “Queda de um anjo”), pois parece que Ele é mais dado a coisas de números postos em estranhíssimas equações em sebentas vendidas na escola do Quelhas (“propinas simbólicas”, tendencialmente gratuitas, como posteriormente se estipulou que fossem, como sabemos todos). Pelo menos o Nosso Senhor Presidente não nos vem agradecer – e não tem de quê, ora essa – a formação adquirida em Portugal! E ainda bem! - Olha o que o nosso rei mago tem feito para nos agradecer! Se fossem dois a apresentar-nos os seus agradecimentos…!!!
 

Declaração de voto: o que escrevi acima nada tem a ver com o que queria deixar escrito, estamos entendidos?! Qualquer aleivosia interpretativa deve-se apenas ao leitor com menor literacia e moralmente deformado. O que eu quero deixar expresso é que gosto muito do Camilo, como Vossas Excelências devem ter percebido!
 
 
Com os meus cumprimentos, subscrevo-me atenciosamente, aguardando de Vossas Excelências a correcta identificação com o Calisto camiliano…antes da queda, por favor - digo eu, que não tenho nada a ver com as preocupações morais da vida pessoal e íntima de cada um e cada qual de Vossas Excelências!





(a) in Priberam http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=ep%u00edtome

(a minha opção vai sublinhada)

pagode –
s. m.

1. Templo de Brama ou de Buda.
2. O ídolo adorado nos pagodes.
3. [Popular] [Popular] Folgança, pândega, bambochata.
4. [Popular] [Popular] Agrupamento de pessoas. = GENTE, POVO

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