ADSE e os malefícios de António Correia de Campos

António Correia de Campos, de sua graça

 
Vem o plumitivo, em artigo de opinião, no jornal "Público" de 23/09/2013, defender a "integração da ADSE no SNS"!

 
O Senhor anda distraído demais com a obrigação de opinar - sobre tudo - e não vê a "asneirada" que defende?!
 

O SNS é um Serviço do Estado para os Cidadãos - TODOS os CIDADÃOS - que integra apenas os prestadores de cuidados de saúde e enquanto tal! (Tem naturalmente, componentes regulatórias, mas a "face" do SNS é a de prestação de cuidados de saúde!).
 

O SNS é pago via Orçamento do Estado e, como tal, pelos Cidadãos (neste caso, estará incluído no respectivo IRS; e, ùltimamente e dando uma interpretação "eufemística" ao texto constitucional, co-pago pelas ditas taxas moderadoras, ou seja dupla tributação). Mas a sua "estrutura" é a de um sistema de prestação de cuidados de saúde assim financiado; reitero, por TODOS os CIDADÃOS!


A ADSE não é financiada por TODOS os CIDADÃOS, NÃO É UMA ENTIDADE PRESTADORA de cuidados de saúde, é financiada pela quotização dos seus Beneficiários Titulares - ESSENCIALMENTE, a ADSE é uma associação mutualista dos Funcionários do Estado no activo e aposentados.
 

Pelo que se não entende a ideia peregrina de sua excelência em defender uma integração de uma associação mutualista no SNS! Só a brincar, ou por confusão de ideias, ou assim!

 
Ao senhor devem ter falado em comparticipação financeira em actos de saúde e vai daí - ele que fala de cátedra de uma escola nacional de saúde ou quejanda e que tentou ser ministro da saúde - faz uma daquelas associações de ideias que nem ao mais iletrado caberia expender: financiar saúde logo SNS! Integre-se!
 

(Mas a gente não se admira, depois da norma do OE2013 ter "autorizado" a ADSE a entregar ao SNS 100% da contribuição devida à ADSE pelos empregadores ... estamos mesmo a ver a "escola" de onde estas confusões nascem! E ficou tudo caladinho como se nada se passasse!)

 
Agora que esta integração não decorre de qualquer conhecimento de Organizações, de estrutura de Organizações, de saberes próprios de escolinhas de saúde pública...parece evidente, pois a necedade ainda não deve ter cátedra - digo eu!
 

Ora então quais seriam os objectivos da proposta integração? Se se trata de entidades de natureza distinta, que perseguem (e prosseguem) objectivos distintos, o que se pretende com esta "integração"? Serei bruxo? - Nada mais do que obter o total da receita da ADSE (reitera-se: financiada pelos Funcionários e Aposentados do Estado e de natureza mutualista) para tapar os buracos do SNS!!!
 

Isto configuraria uma dupla tributação dos Funcionários do Estado e seus Aposentados para o SNS! Ou seja: inconstitucionalidade total:
 

a) o imposto sobre o rendimento é único;

b) e apenas os Funcionários do Estado e Aposentados seriam

tributados - um imposto de classe!

 

O senhor António Correia de Campos não nos diria o que faria às contribuições já cobradas ao longo de décadas ao "suspender" ("integrar", na sua linguagem) os benefícios esperados - e comparticipados - dos respectivos mutuantes?!
 

O senhor António Correia de Campos não nos dirá qual a "roupagem" normativa que revestiria mais este "esbulho", "assalto", aos Funcionários e Aposentados do Estado?!


É que de nefelibatas (como diria o Pacheco) está o inferno cheio!
 

A "soldo" (hiperbòlicamente, naturalmente) de quê ou de quem se publicam estas opiniões?! Ou é apenas para encher a página que rubrica?
 

Recomendo:


a) ler;

b) ler mais;

c) ler muito mais;

d) se conseguir, inteligir.
 

Não constando - não sendo pública - a sua necedade, conviria reflectir antes de pegar na pluma e de rabiscar a sua "crónica"!

 
Se se atrever a maior clareza na opinião, no pressuposto de que "passará por aqui", fica o endereço

 

www.adse.pt

 

para tirar dúvidas e "teias de aranha" que parecem obnubilar-lhe o raciocínio e levar ao engano os seus seguidores mais incautos (espero que não tenha ido com estas "ideias" para o Laboratório do PS!).