Senhor(a) Deputada(o)
O 40º aniversário do 25 de Abril deveria ser um motivo de regozijo, de júbilo,
de alegria!
Vejo, como vereis certamente, que qualquer dispêndio nas
suas comemorações são um ónus para o erário…o mesmo é dizer que para todos nós
contribuintes CIDADÃOS deste País! E uma afronta à miséria que grassa!
Depois…não há motivos para celebrar, INFELIZMENTE!
Perdeu-se a alma e o espírito daquele momento de LIBERDADE
que ecoou na Pátria!
Gente amarfanhada na contagem da mealha que lhe resta ao fim
de escassos dias passados da percepção da mesada e sem perspectivas de FUTURO!
Gente com a vida desfeita e rasgados os sonhos e a fé num
porvir desencantador e desencantado pelos que dizem governar Portugal não está
com ânimo de festejos e demonstrações de falsas alegrias!
De discursos circunstanciais e mentiras estruturais estamos FARTOS!
De aproveitamento do momento para despiques e acusações
recíprocas com exibição de esqueletos alheios nos armários da memória…mais
FARTOS estamos!
Que se engalanem balaustradas com o vermelho dos CRAVOS…é
uma afronta àqueles que sonharam a libertação de um País!
Dos 3 D…nada resta senão desencantos e arremessos de
sobranceiras discursatas!
Não temos já paciência para escutar o desenrolar de recados
de parte a outra e relembranças de culpas da bancada fonteira!
O tempo é de promover o luto…e outra forma de luta! Uma luta
DEMOCRÁTICA e sem oneração dos CIDADÃOS!
Fechem-se as portas da AR! Estenda-se uma faixa negra sobre
a fachada em sinal de luto!
Venham a(o)s Senhore(a)s Deputada(o)s para a rua, para a
celebérrima escadaria proibida, de faixa negra no braço, acompanhando a
manifestação de LUTO das gentes que desfilarão em SILÊNCIO e de negro
revestidas, diante da casa da DEMOCRACIA encerrada para reflectir sobre nova etapa iniciada há 40
anos!
(Não é necessário o gradeamento e a polícia! O SOBERANO tem modos e educação!)
Não temos necessidade de guerra física! Nem de desforço!
Temos urgente necessidade de mostrar ao País e ao Mundo que este é um
aniversário diferente! Ao fim de 40 anos…estamos de LUTO!
E estamos de LUTO porque todo este desgoverno da Nação e da
Europa nos diz que é a forma de protesto mais adequada para lembrar que se
completam 40 anos sobre uma mão cheia de promessas que aqui se fizeram, neste
espaço de civilização antiquíssimo, e que foram goradas por meia-dúzia de
rapazinhos pouco maduros para o papel de governação de um País! Estes
rapazinhos não merecem que neste dia especial a CASA da DEMOCRACIA os receba em
celebração de festa e que os escute a proferir discursos de mentira e de
coacção e provocando os DEMOCRATAS num espaço politicamente sagrado!
Não queremos ouvir harpias grasnando desgraças de inelutabilidades falseadas!
Serenos, recordemos ABRIL com manifestação de pesar! É dia de LUTO! Estão a matar-nos a esperança, o sonho, a liberdade!
Perdemos a independência!
Resta-nos ter a DIGNIDADE de mostrar o nosso PROFUNDO
DESCONTENTAMENTO exigindo, pelo LUTO, que olhem para este POVO, esta NAÇÃO que
ousou SONHAR, ousou ser parte de um ESPAÇO que se dizia de ESPERANÇA!
Mostremos, pelo LUTO, que nos sentimos DEFRAUDADOS!
Não alinhemos em despesas no deslumbramento de cravos que
murcharam! De nada servirá o confronto de discursos e discursatas submetidos a
vénias de vassalos no enfrentamento de soberanias diversamente entendidas!
A verdadeira SOBERANIA reside no POVO…e este é expulso da
Assembleia sempre que nela pretende ter, por si e não por delegação, uma
palavra de reprovação sobre os desvios ao seu voto e às promessas que basearam
essa delegação!
…e o POVO vai estar na rua, cá fora, a cem metros do edifício
– a distância que se impõe à “escumalha”, à “ralé”, à “arraia miúda”, para
evitar conspurcações DEMOCRÁTICAS!
Se o POVO está na rua de pé e de LUTO, ele que é o SOBERANO,
deverá a(o) Senhor(a) Deputada(o) estar com ele, que é dele, Povo, a cadeira em
que se senta! Se o Povo está de pé, esteja de pé, por uma questão de respeito
DEMOCRÁTICO!
Dia 25 de Abril é um dia de LUTA, de LUTO e de SILÊNCIO!
Já basta de tanta atoarda descabelada sobre o que o POVO
deve sofrer!
O caminho do POVO é um caminho de DIGNIDADE e de afirmação
de SOBERANIA, TRANQUILA mas FIRME!
Não pactue, Senhor(a) Deputada(o) com celebrações descabidas
e de festa quando NÓS, o POVO, estamos de LUTO!
Desça as escadas – fisicamente – e venha prestar a sua
HOMENAGEM ao POVO em quem reside a SOBERANIA de que é simples DELEGADO!
Qué decir! En España no estamos mucho mejor, por más que en ocasiones escuche a mis hermanos portugueses quejarse, que si aquí hay grandes obras públicas y grandes adelantos, la diferencia es que a mayor presupuesto mayor corrupción y expolio. Vamos conociendo estos días lo que era un secreto a voces: El Rey español podría no ser ajeno al intento de golpe de Estado de 23 de Febrero de 1981. Suárez podría ser mejor o peor, pero no era tan sinvergüenza como los políticos que vinieron después como tampoco fueron honestos algunos de los familiares de Su Majestad.el Rey de España. Si fue entonces reconfortante tras la intentona de golpe de 1981 reconfortante que gente a la que no conocíamos apenas, portugueses muy humildes, le ofrecieran compartir su casa y su pan a mi abuela, Mª del Rosario (Carneiro) Sousa e Faro Sanjurjo, si las situación empeoraba. Tras el 25 de Abril la Infanta Doña Pilar y su marido estuvieron implicados en una red de socorro a gente que huía de la persecución política hacia España y usaron, con la poca educación y gratitud que caracteriza a los borbones, a mi abuela a la que le mandaban gente y gente sin apenas avisar y a los que tenía asistir, dar cobijo y alimentar. Esta era gente humilde, los que cruzaban el Miño a escondidas.
ResponderEliminarPero por si alguno de los que me leen cree que con la monarquía estarían mejor, tengo que pensar que no, tras oir a D. Duarte de Bragança hablar en favor de instaurar un sistema de autonomías como el español en Portugal. Esto sería la ruína definitiva de Portugal
Cuanto más viejo me hago, más huyo de los oropeles y los honores, ya sean políticos y nobiliarios
"Gracias" pelo teu comentário, Miguel! Notícias de "la abuelita" Mary? [Prima de meu sogro] Não nos temos visto por Viana do Castelo nem Lisboa!
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