E SE FALÁSSEMOS DO FUTURO?!
Lembrando aos pequeninos deputados
que andam a brincar às escolinhas e a fazer “trabalhos de casa”, com a
supervisão de um prefeito, decorrente
de uma ordem do senhor presidente-professor, e que ainda não deram pelo papel
de palhaços (sem ofensa, valha-me
Deus!) que estão a fazer para gáudio de todos os democratas; que têm da
democracia uma vaga ideia – apenas a que lhes permite reconhecer no pr o chefe – e que se esqueceram de toda a
dignidade de representação do Povo (esse, sim, é o SOBERANO!), e que se apressam
a obedecer que nem cordeirinhos ao senhor pr (cuja ideia de democracia também
aparece muito atravessada!);
senhores/meninos deputados que dão assim uma imagem da sua interpretação
constitucional do papel que lhes é reservado - como delegados do Povo -, imagem
mui apoucada e traduzida nesta inconstitucionalmente interpretada submissão a
uma ordem
do pr (“- Vamos lá a portar-se bem!”); vergonhosa interpretação do papel de
delegados da soberania do Povo; indescritível “turma de galinhas” que só se portam bem quando o galo canta!; indecorosa
turma de meninos mal-comportados apanhados na subversão dos papéis
constitucionalmente conferidos; incompreensível bando de ovelhas a que basta um
“berro” do cabreiro para se chegarem para o rego; indisfarçável agrupamento sem
vergonha nem pejo algum do papel que fazem nesta representação de deputados;
lembrava-vos que o que está em causa é a IMPOSSIBILIDADE MATERIAL (E MORAL) de
cumprir o pagamento da “dívida”, tal como estava – e mais se agrava com as “idas
ao mercado” para buscar mais mealha a juros de ágio! – e como se prefigura! O
que está em causa é decidir que a dita dívida pública é IMPAGÁVEL nos termos que foram e vêm sucessivamente a ser
negociados!
Como se pretende obter o valor
necessário ao ressarcimento dos agiotas? É isso que deveria estar a ser
discutido em sede parlamentar – e não em esconsos lugares, longe da observação
directa do POVO! É que, mesmo com trabalho escravo…e por natureza, não haverá
dinamização da economia que permita o superávit
necessário para colmatar aquele enorme buraco que dizem ter atingido a “dívida
pública”! – e ainda recolher mealha necessária ao normal funcionamento das instituições constitucionais! É
impossível! Só por cima de cadáveres…e estes ainda não pagam imposto (admite-se
não haver para aí nenhum despacho gaspariano
para publicação que contemple esta cobrança em modo procrastinado!).
Dizia-vos: senhores deputados –
para aqueles que ainda o são ou disso têm noção e honra – o próprio gaspar deixou aquela carta assassina mas…clarinha
como a água no que ao assunto toca: “-Errei! O caminho parece não ser este! - Outro
que o desfaça! - Temos de passar rapidamente à fase do investimento! Ouviram?
Errei!”
Neste momento, há que ter o
sangue-frio para não cair no alçapão! O pr ficou preso num labirinto em que pretende lançar todo o País! Não era ele
que falava no perigo da espiral recessiva? Em que ficamos? Ou há coerência…
Para não maçar muito, chamo
apenas a atenção para o facto de não se tratar apenas de mais prazo ou menos
prazo para o “pagamento da dívida”! A 25 anos e a juros de 4,3%, as contas
estão feitas e apresentadas abaixo! As enormidades
a pagar – e a pagar por família, mensalmente! – estão espelhadas no quadro
abaixo! (Não estou com “rodriguinhos” de cash-flow
nem outras coisas demasiado complexas!). A simplicidade dos números seguintes
deve ser elucidativa! E bastante, para afastar veleidades de obediência cega a
credores e pr! Nunca em Portugal uma Família teria o rendimento mensal
necessário à sua quota-parte num cenário em que ESTA “DÍVIDA” (?) tivesse de
ser-lhe imputada! Ainda não estão contabilizados os impostos normais e
necessários ao suporte do nosso Estado Constitucional! Nem a ablação de todo o
cenário político-social - que veio sendo perseguido desde 25/4/1974 - daria (?)
alguma “abertura” ao pagamento, por um povo albanisado,
de uma parte (?) da designada “dívida” pública! É olhar para os números e
definir um “roteiro” de civilização para convivência no espaço Europeu! – se ainda
a Europa não deitou fóra a “periferia” (a França já baixou nas ratações costumeiras! Quem vai
seguir-se?!).
Senhor(a) Deputado(a)! Se alguma
réstea de dignidade constitucional ainda sobra, é altura de abandonar a “escolinha”
do sr. pr. e discutir na Assembleia o que houver a discutir, às claras, sem
sonegar ao Povo que o elegeu qualquer argumentário ou ideologia (?) em prol da
Nação mais antiga da Europa! Discuta-se com a Europa e na Europa a insânia das
propostas que são feitas aos países “endividados”!
Demonstre-se-lhe a impossibilidade (ainda que, absurdamente, houvesse justiça
no ressarcimento!) de “pagamento” de tais dívidas!
Fazendo a comparação com o espaço
nacional: a que região vamos imputar mais ou menos valor dos créditos que foram
concedidos ao País? Será que deve ser o Alentejo a pagar as auto-estradas que o
atravessam…ou isso é um benefício comum ao espaço nacional? Será que o “endividamento”
– a que agora se chama “dívida pública” - não teve a ver com a parcela dos 25% do
co-financiamento nacional de projectos de interesse europeu (et pour cause!) que à Europa
interessavam, por questão de coesão do espaço europeu? Só agora reparam que os
25% nacionais estão em “dificuldade de cobrança”? E enquanto isso serviu
interesses financeiros, de prestação de serviços, de fornecimento de bens…a
muitas interessadas empresas nacionais e estrangeiras, não se reparou no nível
de “endividamento” carreado para o Orçamento do Estado?!
…e isto sem legalização de lobbies! O que seria se já estivessem
legalizados (como alguns ainda ateimam na temática!). Não bastam os BPN, os O2, os “Furacões”, os “submarinos”, as chaimites modernaças e anfíbias…os suópis?! E as vendas de bancos em angolares cujas dívidas o Povo tem de pagar! E aquele complexo de Parpública e seus negócios incompreensíveis?!
E os ditames de compra de dívida pública com dinheiros da Segurança Social?
(para reforço das garantias do sistema de segurança social…ou mais uma “negociata”
a identificar dentro de uns anitos?!). E a compra
TRANSPARENTE OPORTUNA e REPETIDA dos Fundos de Pensões privados (da banca,
pois!) para desonerar encargos futuros, da banca, naturalmente, com a desculpa
de receitas extraordinárias visando aliviar o déficit orçamental do Estado!? … tudo isto não conta e não vem à
colação para desobrigar os Senhores Deputados do tpc ordenado pelo pr … que ainda virá dizer que
seguiu à risca o “roteiro” traçado por estes próceres partidários! (Entretanto deita-se-lhes às canelas um prefeito para que não haja
distracções nem recreio enquanto o papelito não estiver pronto! Aonde chegou a
dignidade da república!!!!).
Atente então nos números, que a
isso vim novamente, assustado com as decisões do pr! É uma tentativa de alerta
para quem ainda quiser receber alertas!
Juro=
|
Dívida
Pública (€) =
|
|||
0,043
|
189.731.044.440
|
População
= 10.000.000
|
Famílias
=2.500.000
|
|
Anos
|
Anuidade
|
Juros
|
A pagar
|
Mensal/Família
|
1
|
9 486 552
222
|
7 750 513
165,37
|
17 237 065
387,37
|
574,57
|
2
|
9 486 552
222
|
7 342 591
419,83
|
16 829 143
641,83
|
560,97
|
3
|
9 486 552
222
|
6 934 669
674,28
|
16 421 221
896,28
|
547,37
|
4
|
9 486 552
222
|
6 526 747
928,74
|
16 013 300
150,74
|
533,78
|
5
|
9 486 552
222
|
6 118 826
183,19
|
15 605 378
405,19
|
520,18
|
6
|
9 486 552
222
|
5 710 904
437,64
|
15 197 456
659,64
|
506,58
|
7
|
9 486 552
222
|
5 302 982
692,10
|
14 789 534
914,10
|
492,98
|
8
|
9 486 552
222
|
4 895 060
946,55
|
14 381 613
168,55
|
479,39
|
9
|
9 486 552
222
|
4 487 139
201,01
|
13 973 691
423,01
|
465,79
|
10
|
9 486 552
222
|
4 079 217
455,46
|
13 565 769
677,46
|
452,19
|
11
|
9 486 552
222
|
3 671 295
709,91
|
13 157 847
931,91
|
438,59
|
12
|
9 486 552
222
|
3 263 373
964,37
|
12 749 926
186,37
|
425
|
13
|
9 486 552
222
|
2 855 452
218,82
|
12 342 004
440,82
|
411,4
|
14
|
9 486 552
222
|
2 447 530
473,28
|
11 934 082
695,28
|
397,8
|
15
|
9 486 552
222
|
2 039 608
727,73
|
11 526 160
949,73
|
384,21
|
16
|
9 486 552
222
|
1 631 686
982,18
|
11 118 239
204,18
|
370,61
|
17
|
9 486 552
222
|
1 223 765
236,64
|
10 710 317
458,64
|
357,01
|
18
|
9 486 552
222
|
815 843
491,09
|
10 302 395
713,09
|
343,41
|
19
|
9 486 552
222
|
407 921
745,55
|
9 894 473
967,55
|
329,82
|
20
|
9 486 552
222
|
0,00
|
9 486 552
222,00
|
316,22
|
189 731
044 440
|
77 505 131
653,74
|
267 236
176 093,74
|
||
Juro
efectivo=
|
40,85%
|
|||
Média
total a pagar/Português=
|
26 723,62
|
|||
Média
total a pagar/Família=
|
106 894,47
|
|||
Média
Mensal/Família=
|
445,39
|
Acham que o Povo está em
condições para dar “conforto” a estes valores? Ou já não há vergonha que vos
salve?! É que, pelo nosso lado, apenas conseguimos dizer que já não aguentamos!
Nem admitimos este cenário para Filhos e Netos! É DEMAIS!!!!
Tenham pejo, Senhores! Não vale
agachar-se tanto que isto não é DEMOCRÁTICO! Foram ultrapassados todos os
limites da decência constitucional…e ninguém se rebela?! No Parlamento!!! Ou só
se faz valente (?) a Senhora Presidente para os “carrascos” sem defesa que não seja a voz da sua revolta! A Senhora
Presidente da AR não se indignou com esta intromissão inconstitucional do pr?
Agora manda os deputadosinhos fazer um tpc…”- E vejam se se despacham! Quando
vier das Selvagens, quero o tpc na minha mesa!” E têm que ser os partidos
apenas do “arco da governação” (podiam ser os do arco do cego, não?) que os “outros”
não chegam lá?! É a captura total da Democracia a que assistimos…e a Senhora
Presidente da AR não se indignou?! (Alegadamente
– deixa-me ressalvar - que a gente visse…).
Pensávamos que o nosso País ia
partilhar com os outros Países um futuro de coesão social, de coesão política
(não estou a dizer univocidade acrítica!); que ia dividir com todos os outros
Países da Europa um espaço, uma forma de viver, uma civilização! Mas enganei-me?!
Andava a sonhar demais ?! Pensei que numa família não haveria esta repartição
de encargos…quando se pretende que toda ela usufrua de iguais/equivalentes
meios de vida e de bem-estar?! Afinal…parece que não é isso: uns terão de ser
escravos e outros os seus senhores! Podiam ter avisado antes, que podíamos ter
partido logo para o Atlântico, em vez destes devaneios em terra!
Senhores Deputados! Vejam lá que
figuras andam a fazer…que isto não me parece nada bom! É altura de se falar
verdade! Mesmo dizer ao pr que a espiral recessiva passa por este tpc!
Se os objectivos são o do cerceamento à Democracia, pondo logo de parte os
partidos “descartáveis” e “aproveitando” apenas os mais submissos aos interesses
financeiros que nos avassalam…estamos entendidos quanto ao regime que belém tem
em vista!
Se o objectivo do tpc encomendado
pelo pr é saber como vamos pagar e não se vamos pagar, é traçar uma rota
que só ao Parlamento cabe definir … mecanismo de clara inconstitucionalidade!
Ninguém enxerga?!
(Depois lá iremos outra vez aos “sindicatos bancários” esportular a
comissãozita para montarem um “road show”
de forma a encontrar (hélas!) os mais
adequados meios de pagamento da dívida! Estes e mais uns escritòriozinhos de
advogados, lá pela António Augusto de Aguiar e cercanias, que sabem da poda a
rodos para elucidarem o Estado da decisão mais certeira…para todos ganharem com
a alvar inocência do bom-povo-português!)
…e se falássemos do FUTURO! Não, não é post troica coisa nenhuma! É do FUTURO mesmo! Sem economistas na
plateia…mas com estadistas a sério!
(Houve tempos em que o Olof Palme
nos recomendava não acabar com os ricos mas sim com os pobres! Quem o ouviu?!
Aqui parece que o pessoal da política ainda não percebeu que precisamos de
acabar com os pobres, exterminar a pobreza! Mas andamos demasiado empenhados
aos espíritos santos do mundo e seus parentes e cada vez há mais pobres! Não
percebemos o recado fundacional: acabar com os pobres, exterminar a pobreza! Não
é matar os pobres, que isso é genocídio!)
FUTURO…PRECISA-SE, COM DIGNIDADE!
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