sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

NUCLEAR NÃO, OBRIGADO! TENHO FILHOS E NETOS!

Está muito “na ordem do dia” dos jornais de referência – com colaboradores titulares de variado currículo académico – a discussão das alternativas de produção de energia que garantam uma diminuição da “factura energética” de Portugal.

Não deixa de ter interesse verificar-se que apenas se discutem as rentabilidades económicas e a diminuição dos encargos do erário público – repercutidos, como de costume, no contribuinte – das alternativas propostas.

A mais acutilante posição vem dos defensores da energia nuclear – sabe-se lá porquê – apodando de ignorantes e de ineptos todos os que se lhes opõem, esgrimindo terminologias que eles próprios inventaram para confusão dos incautos (mal “acomparado”, são imparidades de energia, percebe-se? Coisas a que só os iniciados – de preferência de avental – têm acesso lúcido).

Não cuida vir à liça o cientista do Nuclear. Seria interessante ver, do ponto de vista dos cientistas do ramo, as suas abordagens a todo o processo, desde a extracção dos minérios, ao enriquecimento, ao processo produtivo, à segurança e, finalmente, ao depósito dos RESÍDUOS e sua inocuidade. E falar um pouco das gerações futuras a conviver com esses resíduos. Ao que é comum saber – está à vista por eventos históricos recentes – os materiais radioactivos não são “inocentes” para o ambiente, para o Homem, ou seja, são mesmo ecologicamente devastadores.

Quando estes senhores dos “lobbies” nucleares “disparam” o seu “argumentário”, esquecem, no meio de discursos tartamudos, os aspectos relevantes para os seres humanos e todo o seu ecossistema. Normalmente aduzem exemplos de outros países – como se o mal dos outros fosse nosso consolo. Até “avançam” com as inovações técnicas para maior segurança de produção (já viram os custos de tais centrais?), mas nada dizem do “a posteriori”! (Tanto barulho por causa da produção de energia nuclear no Irão e da insegurança no Paquistão e das inépcias de Chernobil, etc. Afinal, se é tão seguro o NUCLEAR como forma de produção de energia, porquê tanta preocupação? Será que estamos a “ver outro filme”?)

Não haverá por aí alguém com domínio da ciência do Nuclear – isento e probo – que explique a esta gente o crime a que instigam os decisores políticos incorrendo na alçada da Justiça (ou vai-se mudar o Código Penal a jeito para o caso)?













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