Adrede estanquei-me a olhar para
o rio e passou uma gaivota em vôo rasante – coisa que se tivesse visto os
pássaros do hitchcock bastante me arrepiaria, como crastinamente me foi dado a
saber – que veio tranquilamente defecar em cima da vetusta imagem do poder e distraidamente
e como quem não quer a coisa o lenço saltou-me do bolso peitoral e sacudiu um
pouco da caca que a maria me há-de vir a limpar em conveniente esfregaço de
lixiviante desengaço que havia pevide ignara em restos de regurgitação a
manchar o traje do ofício. Isto quanto ao arrepio ornitológico ao pôr-do-sol
sobre um tejo indeciso entre o vai ou fica conforme é maré p’ra riba ou p’ra
baixo. E eu a figurar-me de velas enfunadas por essa europa fora como nos
tempos dos gamas – pena é o sócrates ter transferido a capital para o poceirão,
ali entre suberosas, para garantir a linha do têgêvê entre as capitais dos ibéricos de que sou um dos próceres líderes
– a propor a leitura do meu roteiro “cavacorum
de situ orbis novissimus”, movido a
energias renováveis, aproveitando suões para desfilar chulipas! Pois pena foi,
que lhes diria de meu saber! Tirando o guano do larídeo, escrevinharia com mais
escorreiteza se o frémito do passado me não avassalasse para outros arroubos…e
mais esta crise da europa que me não escuta nem lê – e o raio do sócrates que
me deixou aqui sem apeadeiro! Não se vislumbra do meu estro senão as sebentas numerais (como diria jesus, o da bola)
do quelhas passadas a polígrafo! Mas vinha na senda do pacheco pereira (este
também está em todas, rai’s o parta!) com o meu "cavacorum de situ orbis novissimus"
quando me dei pela rasura que me obrigava a fazer corrigindo a impressão pois
parece que a europa já não tem os caminhos que inscrevi no pergaminho do meu
roteiro! Estes cipríacos – que hoje estou um pouco melhor e menos disléxico - não nos deixam sossegar! A germânia descobriu
a origem do seu kýpros e não
lhes dá tréguas! Qu’é lá isso?! Agora é tributar os russos que puseram lá o seu
– e, p’ra não dizerem que isto é regra ad hominem, vá de taxar os
pobrezinhos e os remediados que fazem a prosperidade dos rendimentos
da locanda financeira de forma progressiva (julga-se, admite-se,
por uma questão de justiça constitucional) para cobrir os deficits da
classe prestamista que se pavoneia rascunhando prescrições programáticas! Agora
que íamos conseguir ter gás ao preço da uva mijona, vem a merkel dar cabo do
negócio (parece que a frau quer alternativas ao aquecimento russo e contava com
estes cipríacos para, a menores salários, conseguir aquecer os seus pezinhos arianos
a preços mais módicos acrescendo a renda que adviria do fornecimento de
equipamento e tecnologias para os furos no mediterrâneo – cá p’ra mim ela tem
inveja de Afrodite ter escolhido a ilhota para nascer e não qualquer palatinado
germânico! (Afrodite lá deve ter pensado com os seus botões – como quem diz – “-
A terra daquela fraulein é completamente gélida de sentimentos, inóspita de humanidades,
demasiado luterana para os meus requintes de deusa do amor!”. Isto sou eu a
pensar, que nunca erro, que são coisas de mulheres vingativas! De facto
qualquer maria vale duas ou três frauleins com cara de cão de raça perigosa!).
Mas desviei-me do meu intento prefaciador inicial e iniciático e derivei para
estas questões de ilhotas perdidas (sei lá onde é que isso fica!), pois de
ilhas mais conhecidas tenho uma mão cheia de problemas! Mas regressando ao meu “cavacorum
de situ orbis novissimus” pensava estar tudo estabilizado e por isso de europa estamos
conversados! Por cá já me chega o gaspar a poemar sobre os programas mal
desenhados – que eu até me arrepio de o ouvir (ele que não engana, não ludibria
e não mente!)! Mal desenhados – como diria o outro: “- puta qu’o pariu!” – que o
catroga é competentíssimo e não ia deixar o sócrates fazer qualquer burrada!
Ele até teve o frasquilho a desenhar o programa, os tais dois dos pentelhos e das
curvas de laffer (que eu insisto que são espirais recessivas, e eles ateimam no
boneco!) e vejam lá onde eles chegaram: um, está quase mongólico e assoprado
que nem pivete chinoca; o outro anda a propor abaixo-assinados entre os
comanditas parlamentares e a salvaguardar os seus prestimosos conselhos em
comissões e outros grupelhos quejandos). Mas voltando ao prefácio: diria mesmo
que é a peça substancial do meu roteiro! É todo um programa de vida! Pena é que
esteja no fim, o prefácio! Agora abalançado para não falar das minhas regressões
inconstitucionais e das minhas indecisões institucionais, só vos deixo com
esta: se apanho o gaspar a congeminar mais esbulho…vou-me abaixo! Ele anda a aprender
demais com os germanos e está com uma cara desgraçada (será que o viegas o
apanhou a pedir-lhe factura?) de tanto congeminar traiçõezinhas aos
fins-de-semana, à noite, assolapado no euro-grupo afirmando as suas convicções
(não sei quais, mas deve-as ter, p’ra mandar às urtigas os cipríacos!), e temos
de o manter mais tempo por cá que ainda faz asneirada da grossa e eu terei de
decidir! Mas essa fica para outro prefácio, que agora, com a caca do larídeo, já
não consigo prologar mais! Farei da próxima, se calhar, um epílogo, mais
simples, a dizer assim:
“A europa fodeu-se toda! Quem tinha razão era a Afrodite!!”
Nota 1: qualquer expressão mais brejeira há-de ser-me perdoada, que já
tenho os neurónios ... queimados!
Nota 2: acho que o Papa é que tem razão: tenhamos amor uns pelos outros! Ele é Jesuíta e sabe destas mitologias mediterrânicas, longe dos ogres germânicos!
Nota 2: acho que o Papa é que tem razão: tenhamos amor uns pelos outros! Ele é Jesuíta e sabe destas mitologias mediterrânicas, longe dos ogres germânicos!
Nota 3: a ilha de Mann –
inglesa, pois! – e Gibraltar (aqui já não afirmo a nacionalidade, pois parece
ser assim um furto à maneira dos ingleses e similar a um território oliventino
português) já deixou de ser um paraíso fiscal?! A merkel nada tem a dizer … ou
vai a seguir aos cipríacos! Vejam lá onde hei-de pôr o meu capital! Decidam-se,
se faz favor!
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