quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

AUSCHWITZ? OUTRA VEZ?!


O Ministro das Finanças afirma:
 

"...idosos doentes devem "morrer rapidamente" para o bem da economia"

 
 
...eu, que estou a caminho dos setenta, apanhei um susto! Será que o gaspar enlouqueceu?! Ou está a pensar na refundação genética do País?! Ou descobriu que estes são a solução para os 4.000.000.000 que lhe faltam?! E eu apanhado no meio da "coisa"?! A pensar que iam reformular a ADSE e sai-me esta pela frente?! Eu que só já tenho o amparo desta ADSE na doença, pois parece que o SNS faliu, segundo as contas do macedo - o do dito e não o da psp - e que pretende agora "nacionalizar" parte do salário e das pensões dos aposentados do Estado - que lhes é a todos os títulos devida, como parte integrante das suas remunerações laborais (claro: isto no pressuposto da vigência da Constituição de Portugal, definido este como Estado de Direito Democrático e respeitador da dignidade humana?!)!
 
Felizmente dei com o retrato do opinante: era no País do Sol Nascente que a frase era dita pelo seu Ministro das Finanças! 
 
O problema é tratar-se de um ministro das Finanças que parece ter do seu País a mesma ideia que outros, especialmente no País do Sol Poente, de que os velhos são um entrave ao desenvolvimento económico, pois só geram despesa ao Estado, especialmente depois de aposentados!
 
Ele é aposentação, ele é farmácia, ele é hospital, ele é centro de saúde, ele é transporte de doentes, ele é chamada de emergência, ele é inem, ele é bloco operatório, ele é...uma chatice!!
 
Especialmente, digo eu, quando aos senhores ministros das finanças acontece fugir-lhes a boca para a sua verdade, ornear é fácil!
 
O extermínio dos velhos, peso social incomportável com 5% do deficit do Orçamento do Estado, é uma "rubrica" a incluir no rol de contas estatais!
 
Especiamente quando aparecem como privilegiados e "adictos" de ADSE! Acaba-se com a ADSE e parte dos velhos morre de morte natural, pois se não estiverem viciados em assistências sociais, resolve-se o problema com uma maturidade curta - se me faço entender?! Velhos a mais de cinco anos não pode ser pois têm juros demasiado altos para o erário público; e, ademais, ainda vão pesar nas gerações mais novas por duas, três ou quatro ordens de razões! Scillicet: ocupam espaço, têm o hábito de expelir CO2 quando expiram, inalam O quando inspiram e têm o hábito de se alimentar! Só problemas ambientais para uma sociedade que se pretenda venha a atingir o mais elevado patamar de saúde pública...e sem multas por poluição do ambiente!
 
Convergência para as médias mais qualificadas da UE ou mesmo, quiçá, da OCDE! E estas história das quotas de carbono tem de ser equacionada mais ràpidamente e, por esta via de higienização do ambiente, baixando dràsticamente e ràpidamente o nível etário da população nacional residente, ainda conseguimos ultrapassar as exigências da troica nas convergências ambientais e financeiras! (Repare-se que o mesmo Produto Nacional a dividir por menos cabeças resulta numa capitação do PIB superior à actual! Já pensaram nisto?! Acrescido da eliminação de uma fonte de despesa!!!!)
 
Nota: só teria receio de que o gaspar lesse isto a meias com o macedo do sns e lhes desse na veneta ensaiar a solução! Se der resultado...erige-se em medida legal! Trata-se de legiferar por evidência! Método experimental com resultados (de 1936 a 1945 - uma pequena maturidade - resultou! Lembrados?!)
 
Aliás, começa-se assim: deixa de se comparticipar os óculos, estão a ver (ou não?!)? Eles, os velhos, caem, têm um traumatismo, o inem aparece a desoras...e pumba! Menos 1! ´Podíamos dar mais exemplos! Tem uma apendicite: o médico operador foi fumar um charro, chega no dia seguinte, prescreve aspirina (passe a publicidade) e ele morre de septicemia "em dois tempos"! Menos 2! Etc., etc.! Fácil, natural, e sem despesas para o erário! Escusadas as "transferências" para a ADSE, cujos Beneficiários vão ser maioritàriamente velhos aposentados a quem ninguém liga (ainda por cima aposentados acima da média nacional - que o "canudo" da maioria deles deve ter sido obtido na lusófona por equivalência e, portanto, não se justifica a discrepante remuneração activa e aposentadoria decorrente!); com a vantagem, reitera-se, de uma curta maturidade! Só um burro ainda não percebeu a vantagem orçamental da abolição da ADSE e seus "adictos"!
 
Aliás, veja-se a impante opinião dos entrevistados/opiniatras para justificar a sua * eliminação! ("Eles - referente aos Beneficiários da ADSE - até vêm aqui porque depois podem meter o recibo na ADSE!" [sic, ou lá perto na identidade literal]. Eu, que sou adicto da ADSE, até era capaz de arranjar uma alternativa para meter o recibo, mas seria grosseiro dizê-lo em público (?) ... e depois, como sou parte interessada, era capaz de não ser levado a sério, estão a ver?!
 
Só que, tendo outra visão das coisas, perguntar-me-ia primeiro:  eles têm este rendimento de aposentadoria, não estão a pagar IRS e IVA e IMI e ISP e ligações ao esgoto e portagens e taxas moderadoras e demais invencionices tributárias central e local e...e não estão a "acalmar" a revolta dos mais novos com o seu apoio económico e familiar?! Será que aquela esmolita do subsídio de desemprego chega para os calar?! Ou será que os mais "novitos" - aí entre os trinta e quarenta e cinco anos - serão autónomos financeiramente e aguentam os réditos tributários do Estado por si? E as despesas de habitação e mensárias? E os netos? (Começam as Câmaras a alimentá-los com almoço e jantar mesmo em fins-de-semana!).
 
Pergunto-me isto apenas pelo que tenho visto nas estatísticas do INE, óbvio, não é?! Ou aquilo é mentira?! No que me toca...sabe Deus como vamos! E valha-nos a "obrigação", dos tempos do Salazar, na adicção à ADSE! Tudo se iniciou nos "tempos da outra senhora" (o bom e o mau!). Pena é que estejam a repor o mau e a eliminar - ou pretendê-lo - o bom! É que a ADSE "pesava" na opção de trabalho por conta de outrem! (A propósito: e o Hospital da CUF era um modelo, e era privado e destinado aos trabalhadores e familiares do Grupo. E outros exemplos se poderia dar - para não falar já da atribuição de residência de função quer em empresas privadas quer estatais, v.g., grandes grupos empresariais, juízes, militares, etc.. Assim, no Estado, perseguiu-se uma forma de compensar a exigência, a dedicação, a competência - sim! a competência! - e poder encontrar soluções salariais que lhe garantisse o acesso aos melhores profissionais! Outros tempos, em que a pessoa era tida em conta! Trabalhar no Estado era uma honra! Agora, somos todos um desperdício social a eliminar para que possa campear, desenfreada, a economia financeira sem rasto de produção ou de contribuição para as economias reais. Mas são os moedas que têm os livros, os gaspares que são teimosos e os passos mal dados que mandam e detêm o poder!).
 
Depois de vistas e revistas as coisas, preocupar-me-ia novamente com as soluções finais do problema! E preocupo-me com estes senhores - que não têm, certamente, referências, histórias familiares, legados familiares, éticos, morais, civilizacionais, religiosos - e que apenas aprenderam a manipular facits mais sofisticadas mas sem o tempero das humanidades!
 
A Bem da Nação, elimine-se os velhos!
 
 
 
* sua: deles e da ADSE

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