... a boa-fé é contrária à fraude e ao engano
Em que o modesto plumitivo vos
vem dizer que está mais despejado de amargores não que o desgoverno da nação
tenha feito pelas melhoras do povo ou que os próceres tenham arrepiado caminho
do desmando em que a coisa pública se lançou mas porque ainda não se deu ao
trabalho de pôr os olhos nas publicações do dia para não se aborrecer com as
factualidades inenarráveis que se colam ao papel e à alma como miasmas de uma
natureza impura e utópica que tornam grave a linha de rumo que os pilotos desta
barca vão tomando sem cartulário de jeito nem roteiro de confiança e sem
astrolábio ou balestilha levando a cabo e sem proveito do povo as mais
desbragadas alternativas diplomáticas e normativas de derruição do bem-estar da
nação e do progresso dos povos sem mérito reconhecido e sem rezão que lhes
assista em democrática lisura de entendimento do governo da coisa pública que
não é senão aquilo que de todos é e a todos convém no respeito da dignidade das
pessoas e dos seus congéneres em etnia e génese e vêm mui asinha dizer-nos dos
arroubos de alma que os possuem para defensão dos bens das gentes quando os azorragam
com tributos e foros em duvidosa sazão para pernadas ou desarrazoadas anúduvas
por irrealizável mealha em corveias repassadas ende as coisas se mal-param e se
mal-partem entre quem se arroga do mando e quem se diz detentor de soberanias
constitucionais onde as coisas que devem de ser escorreitas para os povos se
plasmam em letras de oiro para memória das gentes e mormente para pasmo dos
alvazis e juízes de fora que de cenho de preboste e de saiões se mascaram no
dito cumprimento de inconspícuos alvarás que se dizem de decretações da mesa
das consciências beneditinas à volta das que os fasianídeos gritam
incompreensões aos humanos aurículos em tardes de calma em que o povo geme
pelos apertos dos línguas que lhes gritam os desmandos do regente do dia.
Como soía despejar toda a mal dita
coisa que antes me corrompia a alma e o coração e as entranhas me desfazia de
mal-estar comigo e com os outros me confirmei no desmancho da amargura que o
nosso Deus me permitiu hoje para glória Sua e de seus anjos e arcanjos de que
muito reconheço o bem-querer que me tem nestes momentos de sol e azul passados
ao pé do Tejo de Camões num remanso de paz com Ele e com as suas criaturas que
nem o coelho ainda que assado me poderia destruir por mais forte ser a voz de
Deus que o seu nitrir de vassalagem a coisas mundanas e sujas de estrangeiro
encomendado e de truão arremedando o feito e o trejeito sem tino nem gáudio das
gentes que contrariamente dele se aborrecem.
E por ser disso verdadeiro o
sentimento que se me insculpiu na alma me levaram os sentimentos até perto d’Aquele
que tudo conduz por perfeito ser sem falha nem princípio nem fim que há-de
estar no nosso caminho como guardião da passagem inquirindo do que fizemos e do
que dissemos e mal seria que me deixasse levar hoje de outros pensamentos que
não os elevados para o bem comum e das gentes e em lugar mui principal o dos meus mais chegados para quem o bem
supremo Lhe invoco com prejuízo de coisas próprias de muito agrado que desaprecio
face ao que Ele me possa deixar fruir na sua companhia deles e boa-venturança!
Agora me enxugo dos prantos que
houve e da aridez de alma me arrependo sempre que Ele me traz uma efémera
alegria que dura o que dura mas que vive e é perfeita.
Por então vos deixo antes de me
ir às notícias ver o tropel de asneiras que beneditinamente se conjuram e
conjugam para desgraça das gentes e sob o diáfano manto da irrevogabilidade e
da dissimulação ultrapassando com escárnio e má-fé as rubras linhas de
intransponibilidades afirmadas e juradas pelos paladinos do ágio e da desgraça
do povo.
Seja Deus benigno e
misericordioso connosco e nos livre de todo o mal que eles nos fazem usando de
seus poderes indescritíveis e inomináveis pelo nosso entendimento que só Ele
detém a sua espoleta e o seu comando das coisas que deve usar contra os vizires
que nos desgovernam a nação, os bens, as gentes, os costumes.
Se me atrevesse a nomeá-los convinhàvelmente teria de retrogradar no tempo até ontem e nos
princípios de teleologia desta d’hoje o que me seria repugnante e me afastaria
da hermenêutica da coisa.
Pelo que vos desejo um bom dia e
que vos seja agradável a revolução da boa-vontade que por aqui começo sem
chamar Filhos de Puta aos que o merecem! Que assim seja! Sede homens de
boa-vontade sem ofender os justos que também os há conquanto os não enxergue
nos sítios devidos onde aqueles de puta gerados pululam!
“Bona fides contraria est fraudi et dolo”…se bem me
entendeis!
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